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Governo estuda uso de energia solar em chuveiros de casas do programa habitacional

O governo está estudando a possibilidade de substituir a energia elétrica pela solar para aquecimento da água dos chuveiros das casas que fazem do novo programa habitacional.


Ainda em fase de elaboração, o programa prevê a construção de 1 milhão de casas populares até 2010 e será destinado a pessoas de baixa renda.


Imagem: Divulgação


Calcula-se que a substituição dos chuveiros elétricos nas moradias populares poderá reduzir o custo da conta de luz em até R$ 300 por ano em uma residência de Minas Gerais, por exemplo.


O governo ainda não sabe quantas casas poderão contar com o sistema, mas calcula que o acréscimo no preço final das moradias, que vão custar cerca de R$ 15 mil, ficará entre R$ 800 a R$ 1 mil.



Um grupo de técnicos e especialistas do governo vai se reunir nesta terça-feira (10) para definir as diretrizes para a implantação do sistema de aquecimento solar nas moradias populares.


Imagem: Divulgação


Vão participar do encontro representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério de Minas e Energia, da Casa Civil, do Ministério das Cidades, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Eletrobrás, da Caixa Econômica Federal, do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e de universidades federais.


Na reunião, será discutida a forma de financiamento para a instalação do sistema – se o valor será subsidiado ou diluído na prestação das casas.


Além disso, os técnicos devem avaliar quais os melhores materiais a serem utilizados e se a indústria nacional está preparada para atender ao aumento da demanda.



De acordo com a coordenadora da área de energia e meio ambiente da Secretaria de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Vânia de Araújo Soares, o número de moradias que terão aquecimento solar vai depender de uma avaliação da distribuição regional das construções.


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“No Nordeste, por exemplo, as pessoas não usam chuveiro elétrico, elas tomam banho frio. Então, essa regionalização é que vai definir o número de casas que contarão com o aquecimento solar”, explicou.


A coordenadora enfatizou, ainda, que o acréscimo no custo final das casas também vai depender da escala em que o sistema for adotado.


Segundo Vânia, o sistema de aquecimento solar é importante ambientalmente, pois, ao diminuir a sobrecarga no sistema elétrico, adia a necessidade da construção de novas usinas hidrelétricas ou termelétricas.



“O sistema reduz a demanda de energia no horário de pico, que é quando os chuveiros elétricos são mais utilizados”, disse.


MS


Em novembro de 2008 o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho vetou o projeto de lei complementar n° 181/07 que tornaria obrigatória a instalação do equipamento solar nas residências de até 180 metros quadrados.


Imagem: Divulgação


Nas construções com tamanho entre 100 e 180 m2 previa a obrigatoriedade de implantação das tubulações (preparativos) para água quente.


O projeto alteraria o Código de Obras do Município, acrescentando ao capítulo XIII, da lei n° 1.866/79, a seção “G”, “aquecedor solar”, o artigo 147-A.


Foi proposto pelo vereador Marcelo Bluma (PV) e aprovado pela Câmara Municipal de Campo Grande em 15 de junho deste ano.



Para que entrasse em vigor precisava ser sancionada pelo Prefeito.


O texto aprovado na Câmara Municipal foi resultado do Seminário Cidade Solares, realizado em setembro de 2007, produzido em conjunto com as ONGs Ecoa, Vitae Civilis e o projeto Cidade Solares.


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Além da obrigatoriedade de implantação do sistema de energia solar para o aquecimento de água o projeto também visava o trabalho de sensibilização, feito pela prefeitura, sobre os benefícios do aquecimento solar.


Fonte: ecoa

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