Um conjunto de pesquisas sobre energia solar, mostra que o sol como fonte de energia é uma ideia valorizada e bem vista entre os brasileiros, independentemente do nível de conhecimento técnico sobre o tema.
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Os estudos de mercado, um com consumidores e outro com gestores empresariais, foram realizados com o objetivo de avaliar a receptividade dos consumidores a um selo solar, que seria utilizado por empresas que comprassem energia fotovoltaica (como é chamada a geração elétrica a partir do sol) ou instalassem sistemas em suas edificações.
“O selo solar não é o que agrega valor a empresa, mas é a forma pela qual a empresa apresenta uma escolha reconhecida pela sociedade, cada vez mais, como importante.
Esta escolha sim é o que agrega valor e torna a empresa importante e admirável”, aponta a pesquisa com os consumidores.
Esta pesquisa, do tipo qualitativa, foi realizada com dois grupos de discussão, cada um composto por 8 indivíduos de ambos os sexos (homens e mulheres), engajados e interessados no tema da responsabilidade socioambiental corporativa, com idades entre 24 e 62 anos.
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Além de apontarem que um selo solar seria um meio importante e eficaz de comprovação de uso da energia alternativa, as pesquisas conduzidas pelo Instituto Market Analysis também serviram para verificar qual o entendimento dos brasileiros sobre esta opção energética.
“O uso da energia solar aumenta a credibilidade da empresa perante o consumidor e isto pode resultar na premiação da empresa por parte deste consumidor, ou seja, na compra do produto ou serviço da empresa ou na propaganda boca a boca positiva da mesma”, afirma o estudo.
Contudo, as empresas precisarão também investir em educação, já que as pesquisas apontaram que ainda existe muita desinformação sobre a geração fotovoltaica, seja entre a população em geral quanto entre gestores, o que acaba gerando mitos e barreiras a esta opção energética.
Geração elétrica ou aquecimento de água?
A principal confusão identificada é entre geração elétrica e aquecimento solar, que vem acompanhando da falsa idéia de os coletores solares que hoje já começam a ganhar mais espaço nos telhados residenciais do país estariam gerando eletricidade e não aquecimento de água (função que eles de fato exercem).
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No Brasil, projetos de geração fotovoltaica conectados a rede existem apenas em pequenos projetos ligados a centros de pesquisas e somam menos de 200 kWp, ou 0,0001% da geração elétrica do país.
Somente neste ano devem ser instalados projetos de maior porte, como a usina no edifício sede da Eletrobras Eletrosul, chamado projeto Megawatt Solar, que terá um potencial de 1MWp.
Gestores empresariais apostam na ideia
Entre os 68 gestores de empresas entrevistados na pesquisa quantitativa, a maior surpresa foi a disposição em investir em energias alternativas, em particular a solar, mesmo que isto represente custos para a empresa.
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Isto porque, na opinião deles, tal investimento traria benefícios para a reputação da organização a longo prazo.
Uma das principais barreiras vistas pelas empresas à adoção de geração fotovoltaica vinha sendo o alto custo, porém sendo a tecnologia energética que mais se expande no mundo, os preços de instalação de usinas solares vem caindo substancialmente a cada ano.
Dentre os gestores, 62% deles acreditam que a sua empresa pagaria um preço mais elevado pela energia solar fotovoltaica do que o pago pela atual principal fonte energética.
Dentre eles, a metade (49%) acredita que suas empresas pagariam até 10% mais caro pela nova matriz energética.
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O consumo de energia fotovoltaica é aprovado especialmente por conta do caráter renovável e pró-ambiental da energia, porém ainda há inseguranças com a ocorrência de problemas operacionais, de suprimento e com a produtividade da energia fotovoltaica.
Por esta razão, a educação também de gestores foi apontada pelo estudo como um ponto importante para serem trabalhados para aumentar a confiança e, assim, levar a adoção de novos projetos de geração fotovoltaica no país.
Fonte: G1
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