As fontes de energia não renováveis, como o petróleo, o carvão mineral, o gás natural e nuclear, apesar de serem encontradas na natureza em grandes quantidades, uma vez esgotadas, não podem mais ser regeneradas.
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Enquanto isso, as fontes renováveis são inesgotáveis. Entre elas, estão a hídrica, proveniente da água dos rios; a eólica, do vento; a biomassa, da matéria orgânica; e também aquela que vem do sol, a energia solar.
O Brasil tem aumentado o uso do sol para esta finalidade; e a energia solar é o tema do Caminhos da Reportagem. Em 2017, o país ocupava a 26ª posição no ranking mundial de países que mais usam a tecnologia.
Em 2019, pulou para a 16ª posição. “ Reino Unido, Alemanha e Japão são três países que estão no top 10.
Eles têm na média a metade do recurso solar que o Brasil tem”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
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De acordo com Rafael Amaral Shayani, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília, a quantidade de energia que o sol fornece para a terra é 10 mil vezes maior do que a quantidade que a gente utiliza.
Ou seja, se utilizarmos apenas uma pequena fração, ele diz, conseguimos abastecer o mundo inteiro.
Um segmento de mercado que cresce no Brasil é a chamada geração distribuída solar fotovoltaica, que são os telhados solares, o uso da energia solar junto das residências, de pequenos comércios, de empresas de uma forma geral, como uma padaria, uma farmácia ou um açougue, por exemplo.
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A energia elétrica é gerada junto do local onde os consumidores a utilizam.
Nossa equipe de reportagem visitou um prédio em um bairro de Brasília para conhecer a experiência dos moradores com essa tecnologia.
O síndico, Geová Parente, justifica a decisão de usar placas fotovoltaicas no condomínio com dois argumentos: energia limpa é melhor para o meio ambiente, e ainda significa economia em dinheiro para os moradores.
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“A vantagem de você gerar a sua própria energia é que, em primeiro lugar, você não está agredindo o meio ambiente.
Em segundo, você tem a garantia de que terá aquela energia por um bom tempo”.
O programa ainda vai mostrar o Cine Solar, um cinema movido à luz do sol. Em um veículo adaptado com placas fotovoltaicas, o projeto percorre cidades Brasil afora para levar arte a comunidades indígenas e quilombolas, por exemplo.
E por falar em viagem, outra experiência que vamos conhecer é a do Aeroporto de Brasília, que construiu uma unidade de usina fotovoltaica para produção de energia de fonte solar para abastecer parte do consumo do terminal aéreo.
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A questão da energia elétrica implica em desafios no Brasil. A analista de conservação do WWF-Brasil Alessandra Mathyas lembra que o país ainda não tem 100% de acesso à energia.
Na região Norte, mais de 1 milhão de pessoas vivem em comunidades isoladas, rurais, ribeirinhas, terras indígenas, “que não estão conectadas à rede de eletricidade e que precisam, como todos nós, terem acesso urgente à energia de qualidade.
Isso não é um favor, isso é um direito”. O WWF-Brasil, em parceria com o ICMBio e parceiros locais, instalou pequenos sistemas de energia solar fotovoltaica em comunidades extrativistas isoladas na Amazônia.
Ficha técnica: Reportagem: Claiton Freitas Produção: Amanda Cieglinski, Claiton Freitas, Natália Neves e Suzana Guimarães Imagens: André Rodrigo Pacheco Apoio às imagens: Sandro Tebaldi.e Sigmar Gonçalves Auxílio técnico; Alexandre Souza Apoio ao auxílio técnico: Carlos Júnior, Marcelo Vasconcelos, Jairom Rio Branco Edição de texto: Suzana Guimarães e Flávia Lima Edição de imagens: André Eustáquio e Jerson Portela
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