Valores negociados, para a Absolar, justificariam prioridade de contratação pelo governo federal.
Entre todas as fontes participantes, a solar fotovoltaica teve os menores preços médios nos leilões de energia nova (LEN) A-3 e A-4 de 2021, realizados no dia 8 de julho. Partindo de um preço-teto inicial de R$ 198,00/MWh para essa fonte nos dois certames, o LEN A-3 foi encerrado com preço médio de venda da solar FV de R$ 125,53/MWh , com deságio de 36,6%, enquanto no LEN A-4 o preço médio foi de R$ 136,31/MWh, com deságio de 31,2%.
A fonte hídrica teve o maior preço médio, com R$ 219,31/MWh (A-3) e R$ 207,22 (A-4), seguida pela biomassa, com R$ 176,62/MWh (A-3) e R$ 196,01 (A-4), e eólica, com R$ 148,58/MWh (A-3) e R$ 150,70 (A-4).
Os projetos solares contratados pelo LEN A-3 e A-4 de 2021 estão localizados na região Nordeste, nos estados da Paraíba (59,6 MWmédios) e Pernambuco (17,4 MWmédios). Foram arrematadas sete novas usinas da fonte, totalizando 77 MWmédios de garantia física, atraindo mais de R$ 908 milhões em investimentos previstos e com geração prevista de mais de 8 mil empregos até 2025. No leilão A-3 foram negociadas as UFVs Boa Hora 4,5 e 6, da Solar Tecnologia, em Pernambuco, de 69,3 MW; e as UFVs Santa Luzia V e VII, da Rio Alto, com 100 MW, na Paraíba. No A-4, foram as UFVs Santa Luzia IX e VII, da Rio Alto, de 100 MW.
Por conta da fonte representar o menor preço dos leilões, o que ocorre desde os certames de 2019, a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, em comunicado para a imprensa, considerou que a contratação de energia solar FV deveria ter recebido maior prioridade.
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“Se o Governo Federal tivesse contratado o dobro de energia da fonte solar nestes dois leilões, reduzindo a energia comprada de fontes mais caras, teria economizado aos consumidores brasileiros pelo menos R$ 126,8 milhões nos próximos 20 anos”, disse o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia.
Fonte: Fotovolt
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