O tema segurança do trabalho provavelmente nunca esteve tão em alta quanto nos últimos anos.
Isso naturalmente é algo positivo, afinal, somente a partir de uma profunda conscientização sobre o assunto é possível melhorar os índices de prevenção a acidentes.
Imagem: limpasolar.com
Apesar do tema ser mais debatido, no entanto, muitas empresas fatidicamente ainda carecem de bons exemplos para melhoria nos processos relacionados ao mesmo.
Isso acontece porque são muitas as frentes que precisam ser integradas, o que inclui desde os colaboradores, até o preparo do ambiente, máquina e mecanismos de controle. Felizmente, porém, o acesso à informação tem rompido algumas barreiras.
É graças a isso, por exemplo, que hoje podemos apresentar aqui algumas soluções que merecem atenção dentro desse cenário.
É um conjunto atividades
Conforme sugerimos inicialmente, para que a segurança do trabalho se mostre de fato eficiente, é importante a adoção de um conjunto de atividades.
Para a empresa isso implica no entendimento de que não adianta direcionar esforços a uma questão em detrimento à outra.
Um exemplo prático é o caso em que há investimento em curso técnico para os colaboradores, mas não em melhorias no ambiente.
Por mais que isso possa ajudar na redução de acidentes, a tendência é que ainda continuem acontecendo.
Dito isso, portanto, é hora de passarmos aos exemplos fundamentais que devem ser considerados.
1 – Prevenção como meta
A prevenção como meta é um dos bons exemplos que devem ser seguidos quando o assunto é manter o ambiente de trabalho seguro. Não falamos aqui apenas em ações direcionadas à conscientização, mas também à valorização do hábito da prevenção.
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Na prática isso significa que, embora seja importante pensar em semanas de conscientização, que é algo já até comum em algumas organizações, não é o bastante.
É preciso que se trabalhe também a criação de objetivos que comprovadamente auxiliem na segurança do trabalho.
O detalhe nesse caso, é que toda meta pressupõe uma recompensa. Diante disso, a empresa precisa usar a criatividade para criar estratégias de incentivo ao cumprimento dos objetivos estipulados.
Esse tipo de estratégia é mais eficaz porque traz uma abordagem menos burocrática, o que naturalmente é mais bem visto pelos colaboradores.
Como se trata de algo que também lhes interessa, naturalmente o tema acaba recebendo a atenção devida.
2 – Análises são importantes
Analisar a situação da empresa com uma visão abrangente é algo necessário para identificação de mudanças providenciais.
Em se tratando da segurança do trabalho, isso pode levar à adoção de determinadas medidas, como a terceirização de determinados serviços, por exemplo.
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Isso pode ser útil porque, de modo geral, as empresas terceirizadas possuem maior preparo para realização de trabalhos seguros e eficientes.
O motivo é que precisam se manter competitivas no mercado, o que pressupõe preparo constante de seus colaboradores, inclusive em relação à segurança.
Um dos casos em que esse tipo de parceria pode ser positiva é o transporte de mercadorias, por exemplo. Na prática, portanto, o contrato com uma transportadora pode ser mais produtivo que gerenciar todo o processo de entregas.
A lista de possibilidades inclui diversas outras áreas que podem contar com serviços terceirizados, e impactar na redução de riscos internos e externos nas organizações.
3 – Acidentes
Outro bom exemplo a ser seguido é a busca pela identificação das principais causas de acidentes para tratar o problema na raiz, e não apenas o sintoma.
Capacete furado por falta de Segurança do Trabalho
Segurança do Trabalho
Para ajudar nesse sentido, podemos adiantar que dentre os assuntos que mais motivam acidentes, estão:
Riscos desnecessários – nesse caso o profissional deve ser orientado a seguir um caminho mais seguro;
Aventuras em trabalhos desconhecidos – direcionar um colaborador para uma área que ele não conhece bem aumenta consideravelmente os riscos de acidentes. Isso naturalmente deve ser evitado;
Improvisação – muitas empresas estimulam as famosas “gambiarras” considerando que é importante improvisar. Isso não só é um erro conceitual como também ajuda aumentar os índices de acidentes;
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Desconhecimento dos limites do corpo – é importante que empresa e profissionais se conscientizem de que o corpo humano é limitado. Ultrapassar esses limites é flertar com o risco, o que é o oposto do pretendido na segurança do trabalho;
Viver para trabalhar – quando um profissional vive apenas para o trabalho em vez de trabalhar para viver, o estresse se torna uma realidade.
Cientificamente, grandes cargas de estresse podem levar a decisões equivocadas, aumentando as chances de acidentes; e Pressa – a velha máxima de que a pressa é inimiga da perfeição não é apenas uma falácia.
4 – Curso técnico
Além de tudo o que foi dito, uma prática que merece ser copiada é a de estimular a busca pelo conhecimento. Isso implica em adotar a busca de curso técnico tanto para funcionários quanto para os executivos da organização.
Essa busca demonstra uma clara preocupação com melhorias constantes, valorização da vida e integridade física de todos os envolvidos no trabalho.
Na sequência mostramos de que forma isso pode ser positivo para a organização.
A importância de um curso de Segurança do Trabalho
Nesse tipo de treinamento é possível obter uma orientação prática sobre o exercício das atividades da maneira segura na empresa. O principal resultado é a redução nos riscos envolvidos na realização das tarefas, mas não só isso.
Dentre os principais motivos estão:
Possibilidade de reduzir custos;
Aumento na produtividade;
Melhorias na qualidade de produtos e/ou serviços;
Capacitação dos colaboradores;
Aumento na segurança interna;
Aumento no engajamento dos colaboradores com a segurança; e
Redução nos índices de acidentes.
Tipos de treinamentos para Segurança do Trabalho
Entendidas as razões para recorrer a um curso técnico, é importante levar em conta que existem diferentes possibilidades nesse sentido. Uma delas, por exemplo, diz respeito ao treinamento de integração admissional.
O objetivo desse tipo de treinamento é integrar o novo funcionário ao ambiente de trabalho, orientando quanto ao uso de equipamentos e riscos envolvidos. Além dessa opção, a lista de possibilidades inclui ainda:
Treinamento de conscientização – visa alertar os colaboradores sobre a importância de considerar as regra de segurança;
Análise de riscos – direcionado ao gerenciamento dos riscos, antecipando problemas;
Cultura preventiva – gira em torno do incentivo à prevenção como melhor maneira de lidar com a segurança;
Segurança online – visa alertar sobre o correto uso das ferramentas digitais; e
Ergonomia no trabalho – destinado a ensinar o colaborador a adotar a postura correta em relação aos equipamentos de trabalho.
5 – EPI e EPC
Aqui temos mais um exemplo interessante que toda empresa que preza pela segurança do trabalho deve considerar.
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As siglas EPI e EPC dizem respeito a Equipamento de Proteção Individual e Equipamento de Proteção Coletiva, respectivamente.
Na prática são ferramentas direcionadas à prevenção de acidentes e lesões no ambiente do trabalho.
Basicamente se tratam de soluções exigidas pela lei, mas na prática, de fato contribuem com a saúde no local de trabalho.
Isso significa que, não basta que o empreendedor reconheça sua importância e adquira esse tipo de equipamento para sua empresa. É preciso orientar sistematicamente os colaboradores a fazerem uso dos mesmos.
Muitas vezes essa parte é negligenciada em função de eventuais desconfortos que o uso pode trazer. Nesse caso é preciso pulso firme e bons argumentos.
Uma saída é explicar que embora possa parecer incômodo a princípio, o uso é obrigatório e com o tempo a adaptação virá.
Vale destacar aqui que, os EPIs não devem gerar nenhum custo ao colaborador, ou seja, são equipamentos cedidos gratuitamente pela empresa.
Dentre os equipamentos mais comuns nesse caso, estão: luvas, abafador de ruídos, capacetes, botas de proteção e óculos especiais.
Por último, mas não menos importante, precisamos mencionar que em caso de acidente e constatação do não uso do equipamento, a empresa será responsabilizada.
Isso se aplica mesmo nos casos em que a mesma fornece o equipamento de segurança, daí a importância em cobrar o uso dos funcionários.
6 – Cipa
Aqui temos mais uma questão que merece atenção das empresas, até porque também é obrigatória. A sigla em si diz respeito à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Trata-se de uma espécie de “departamento” fundamental ao bom andamento dos processos relativos à Segurança do Trabalho.
Basicamente, a comissão que compõe a CIPA é formada por pessoas ligadas à empresa. Estes por sua vez são orientados a trabalhar na busca por soluções que melhorem a saúde e segurança no ambiente de trabalho.
Objetivo
Cada membro da equipe tem a missão de observar e comunicar condições que oferecem riscos aos trabalhadores no ambiente de trabalho. Além disso, é papel deles solicitar medidas que reduzem e eliminam esses riscos.
Com isso em mente, portanto, podemos dizer que o objetivo principal da CIPA é estabelecer um diálogo entre executivos e a classe trabalhadora. Isso sempre visando a prevenção de acidentes e boa saúde no espaço corporativo.
Formação
A regulamentação da CIPA é feita pela NR5, que por sua vez, determina uma série de questões válidas sobre a formação dessa comissão. De modo geral, podemos dizer que os membros desse “departamento” são representantes dos empregados e do empregador.
Isso significa um eleito em cada classe, que é quem será responsável pelo diálogo entre as partes. O representante do empregador é indicado por ele, enquanto o dos empregados é eleito pela própria classe trabalhadora.
7 – Equipamento certificado e revisão
Por último, mas não menos importante, mais um bom exemplo a ser seguido pelas empresas é a aquisição de equipamentos certificados. Nesse caso, quando falamos em equipamento estamos nos referindo a maquinários propriamente ditos.
Equipamentos usados na Segurança do Trabalho
Segurança do Trabalho
Isso se aplica a todo setor que depende de ferramentas com certificação de órgãos competentes e agências. No caso de máquinas, por exemplo, em muitos casos é fundamental a busca por produtos com certificação do Inmetro.
De modo geral, portanto, a busca por ferramentas e máquinas deve ser feita a partir de uma profunda análise do mercado para encontrar soluções que oferecem segurança a quem manuseia.
É seguindo esse critério também, que se torna fundamental a realização de uma boa manutenção e revisão periódica nos equipamentos.
O objetivo naturalmente é garantir o bom funcionamento e consequentemente minimizar as chances de acidentes.
Fonte: www.limpasolar.com.br
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