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Segundo semestre aponta desafios na oferta de equipamentos para o setor solar

Com a pandemia estendendo-se mais que o esperado, os desafios para colocar os projetos fotovoltaicos em prática não dão trégua. Os diversos eventos adversos que acontecem ao mesmo tempo concorrem com atrasos, inflação e escassez de insumos e fabricação de produtos.

Imagem: Divulgação


Desafios na oferta de equipamentos fotovoltaicos

Alta demanda do silício


A alta demanda por silício também refletiu nos preços, que teve como consequência uma alta de 150%.



Na China o ramo de silício anunciou, na semana passada, um aumento no preço de RMB200 – 210 por Kg, que ultrapassou RMB230 por Kg.


Assim, os principais compradores downtream e fornecedores upstream estão negociando preços a fim de atender pedidos de longo prazo para o próximo mês.

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Segundo informações de fontes da indústria, muitos preços de pedidos de longo prazo subiram para uma média de RMB200 e mais por Kg.


Por isso, alguns compradores já começaram a tentar negociar os preços para julho.



Frete internacional

Nesse momento de reaquecimento da economia global, em especial no mercado fotovoltaico, o Brasil enfrenta um descompasso entre demanda e disponibilidade de insumos, agravado por questões logísticas internacionais.


Quanto ao frete internacional, o mercado enfrenta terríveis problemas de aumento em seus valores. Agora, os armadores voltaram a cobrar o que bem entendem.

Imagem: Divulgação


Basta lembrarmos de que no ano passado, a paralização dos negócios pelo mundo, durante três meses, provocou o atraso e o encarecimento nos custos dos transportes.


Aumento estratosférico

De acordo com fontes do mercado, os fretes subiram quase 300%. Como exemplo, o mercado vem cobrando valores estratosféricos de US$ 10 mil por container de 40 pés (12 metros).



Para se ter uma ideia o aumento, em março de 2020 o valor era de US$ 1.400. Portanto, em meio à pandemia, o frete preocupa muito os empresários atuantes no transporte internacional de cargas.


Atrasos cada vez maiores

Como se não bastasse a alta dos preços do frete, algumas empresas também têm enfrentado atrasos de mais de dois meses.


Esse é o caso da Duratex que aguarda, desde março, a confirmação de reserva de contêineres para uma carga que deve embarcar para a República Dominicana.

Imagem: Divulgação


De acordo com responsável da empresa, a situação é muito difícil e, em 11 anos de experiência, nunca havia presenciado algo assim.


Neste que é um dos piores cenários já vividos pela logística internacional, algumas empresas embarcam mediante pagamento de frete premium, ou seja, ainda mais caro.



Contêiner em falta

A situação só agrava com a falta de contêineres. Conforme justificativa das empresas, os contêineres ficaram presos em muitos portos pelo mundo afora.


A partir do segundo semestre de 2020, a demanda aumentou, resultando em um descompasso no mercado de logística internacional.

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E, para piorar, a construção de novos navios ficou paralisada por dois anos, gerando um problema de oferta e demanda.


Para que um navio inicie seu trabalho comercial, é preciso permanecer de dois a três anos em um estaleiro.


Então, com frotas limitadas, os navios estão operando acima de 90% da capacidade, sendo o percentual histórico em torno de 75%.



Assim sendo, com tudo acontecendo ao mesmo tempo, há atraso nos embarques, nas entregas, nas importações de matéria-prima, na fabricação e assim por diante. Tudo incorre em mais desafios na oferta de equipamentos para o setor solar.

Imagem: Divulgação


Inflação em disparada

O resultado dos altos preços dos fretes para exportação e importação deve pressionar a inflação no nosso mercado. Isso acontece devido à origem das peças usadas para fabricar muitos dos nossos produtos.


E, um exemplo disso são os itens relacionados à China e arredores, como as commodities agrícolas.



A razão para isso é que a China começou sua recuperação dos efeitos da pandemia mais rapidamente, por isso, está estocando mais alimentos.


Com isso, o Brasil se transformou em um grande fornecedor de grãos para a Ásia. Dessa forma, impactou todo o sistema de custos envolvidos na cadeia produtiva, aliado à desvalorização do real.

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Portos fechados: desafios na oferta de equipamentos

Agora, alguns portos na China estão fechados por conta de novos casos de Covid-19, Assim, como exemplo, no final de maio, um dos mais movimentados portos da China anunciou que não aceitaria novos contêineres de exportação.


No entanto, havia uma expectativa de retomada das atividades em poucos dias. Mas, a paralisação parcial se prolongou e as rotas comerciais estão engarrafadas, com os fretes subindo ainda mais. Assim, ficamos sempre às voltas com desafios na oferta de equipamentos para o setor solar.



Congestionamento de cargas

O Porto de Yantian pretende retornar as atividades até o final de junho. Porém, as agendas dos navios e as cadeias de abastecimento levaram semanas para se recompor após o bloqueio do Canal de Suez em março.

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Por isso, é possível que leve meses para dissipar o acúmulo de cargas no sul da China, o que afeta os portos de todo o mundo.


Assim o congestionamento em Yantian deve levar de seis a oito semanas para ser dispersado. Trata-se, portanto, de um cronograma preocupante, já que prolonga as dificuldades no período de pico de demanda na Europa e Estados.


É a época do verão no hemisfério norte, quando os varejistas e demais importadores abastecem estoques preparados para a temporada de festas de final de ano.

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Ameaça para a economia global

Nesse cenário, o frete marítimo, que antes era imperceptível para todos os envolvidos, agora está tão caro que representa uma ameaça para a economia global.


É desvantajoso para o comércio internacional e pode acelerar a inflação.



Desvio de navios e congestionamento nos portos

No porto chinês, a situação melhora, contudo, o tempo médio de espera já chegou a 16 dias, segundo um comunicado da Maersk.


A empresa, com sede em Copenhague está desviando a maioria de seus navios em junho. E, de acordo com o comunicado, os desvios da Maersk e outras transportadoras tendem a acentuar os atrasos e congestionamentos nos portos próximos.

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Apesar do bloqueio no Canal de Suez e das filas nos portos, é provável que o sistema global de transporte estivesse lidando com o máximo de sua capacidade.



Isso porque a Europa e os EUA estão reabrindo suas economias e mercados, como a Índia, que compram produtos médicos para o enfrentamento da COVID-19. Com isso as exportações da China e de outros países asiáticos batem recordes.


Fonte: aldo

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