Segundo especialistas, consumidor tem retorno do valor investido em até 5 anos, sendo a vida útil de um sistema fotovoltaico de no mínimo 25 anos
Investir em um sistema de energia solar fotovoltaica vem se tornando uma solução mais atraente e viável para os brasileiros.
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Com os ganhos já conhecidos como poder usufruir de uma energia limpa e renovável, além de maior controle sobre os gastos com a energia, o consumidor também tem a vantagem de saber o quão rentável é investir em geração solar distribuída e o prazo para o retorno desse investimento, o chamado payback, cálculo que prevê quando o consumidor começará a ter retorno sobre o investimento no sistema.
O payback é o período necessário para que o custo de instalação se pague e, a partir de então, comece a “dar lucro”.
Esse cálculo deve levar em consideração o investimento total realizado e a geração média mensal do sistema fotovoltaico.
A economia na conta de energia já no primeiro mês de instalação é um bom indicativo do quanto o sistema fotovoltaico é rentável. De acordo com especialistas, ele pode gerar uma economia de até 95% na conta do consumidor.
E segundo análises da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o tempo de retorno de um sistema residencial de geração distribuída está estimado em até quatro anos.
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Para Robert Fischer, sócio-proprietário da Topsun Energia Solar, com os avanços tecnológicos, linhas de financiamento mais atrativas e o aumento das tarifas de energia, existe a tendência de diminuição do payback de projetos fotovoltaicos.
“O que torna a energia solar mais rentável e cada vez mais democrática, atendendo tanto grandes empresas quanto pequenas residências”, afirma.
Retorno rápido
O payback médio atual, de 3,5 a 5 anos, leva em conta os valores das tarifas de hoje, para uma mensuração com dados concretos.
Mas a tendência é que o retorno seja ainda mais rápido, em função dos reajustes na conta de luz no mercado regulado. Sabendo que a vida útil de um sistema fotovoltaico é de 25 anos, seu retorno em investimento pode ser pago em até 5 anos.
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Tarifas de energia
As tarifas de energia no Brasil são medidas em R$/kWh, e variam conforme a distribuidora que atende a região e a Bandeira Tarifária vigente no período de apuração.
A partir do momento em que o consumidor gera a sua própria energia, nada altera na parcela da conta de luz que ele gera.
Além da tarifa há outra variável fundamental para o cálculo do retorno do investimento que é a inflação energética, que deixa de ser uma preocupação a partir do momento em que o consumidor gera sua própria energia.
Não há mais preocupação que a tarifa energética suba, pois não vai alterar a parcela da conta de luz.
A inflação energética oscila por diversos fatores. Um deles são as dívidas dos governos com as distribuidoras, por ações artificiais que no passado tinham o objetivo de baixar a conta de luz dos consumidores e que no futuro gerou um rombo enorme nas contas das concessionárias e um efeito reverso.
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A atual situação dos reservatórios das hidrelétricas no país também é outro fator que deve acarretar ainda mais para o aumento das contas de luz.
Outra causa é a das Bandeiras Tarifárias instituídas vigorarem quando há um evento que aumente o custo da energia gerada no país.
Por exemplo, a escassez de água nos reservatórios, gera a necessidade de serem ligadas usinas termelétricas com custos altíssimos.
Isso significa que naquele período a bandeira será vermelha e o consumidor arcará com os custos disso.
Segundo o especialista de Energia Solar, é impossível falar sobre retorno do investimento em energia solar e não se falar no ganho patrimonial gerado pelo mesmo.
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Além de todo retorno financeiro gerado com a economia de energia, há ainda um ganho significativo no valor do imóvel, que paga o custo do sistema fotovoltaico instalado.
Saiba como calcular o payback da energia solar
Para realizar os cálculos de energia solar, o consumidor deve analisar o local onde os equipamentos serão instalados, além de levar em conta fatores como potência, tensão, número de horas de utilização e o consumo médio.
O consumidor deve entender também que os sistemas solares fotovoltaicos são instalados em módulos, cuja quantidade varia conforme o tamanho do empreendimento, que pode ser residência, comércio e indústrias de pequeno ou grande porte.
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Os equipamentos podem ser colocados em telhados e paredes, assim como no solo.
Para calcular o valor do payback é preciso analisar também o valor do kWh praticado em cada região.
Feito isso, é preciso dividir o valor do investimento pelo produto de energia gerada e o ano pela tarifa. Por exemplo: R $25/200 kWh x 12 x 0,83 R$/kWh.
Fonte: g1.globo
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