Painel do clima da ONU dá o veredito: energias renováveis podem substituir os combustíveis fósseis; basta querer.
Alimentar o mundo com energia renovável é bom, bonito e se torna mais barato a cada dia.
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Essa é uma das conclusões de um relatório que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado a ONU, lança hoje.
O documento se debruça especificamente no mercado de renováveis, como forma de reduzir as emissões de gases-estufa ao mesmo tempo que alimenta o mundo com energia.
Apenas 2,5% de todas as fontes renováveis disponíveis no mundo seriam suficientes para suprir 80% da demanda mundial em 2050, e isso com as tecnologias existentes hoje.
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O relatório, conhecido como SRREN (sigla em inglês para Relatório Especial sobre Fontes Renováveis de Energia), já nasce como o documento-base a ser usado pelos países para nortear decisões de investimento neste setor.
Nesse sentido, o IPCC dá um recado: para aproveitamento do potencial, é preciso avançar em políticas energéticas voltadas ao mercado, com retirada de barreiras comerciais que hoje impedem seu crescimento e criação de incentivos financeiros diferenciados.
“Esse é um convite aos governos para começar uma revisão radical de suas políticas e colocar a energia renovável no centro das atenções”, afirma Sven Teske, diretor da campanha de Renováveis do Greenpeace Internacional, e um dos autores principais do estudo.
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O cenário Revolução Energética, produzido pelo Greenpeace em parceria com o Conselho Europeu de Energia Renovável (Erec) e a Agência Espacial Alemã (DLR), foi escolhido como um dos balizadores do SREEN.
O cenário já foi adaptado para a realidade do Brasil, um dos países com maior potencial em renováveis.
“O potencial eólico nacional pode atender ao triplo da demanda atual do brasileiro e o solar pode atender a até 20 vezes a demanda energética atual”, afirma Ricardo Baitelo, coordenador da campanha no Brasil.
“Apesar do bom momento do crescimento eólico no país, as demais fontes renováveis não apresentam quadros animadores por conta de falta de políticas de incentivo e priorização. O Brasil ainda precisa fazer essa lição de casa.”
Fonte: Exame
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