Depois do incidente na usina nuclear em Fukushima, no Japão, a Alemanha decidiu por fechar todas as suas usinas nucleares. A energia nuclear era responsável, até então, por 25% de sua geração de energia.
O plano do governo alemão, chamado de Energiewende (transição de energia), consiste em, enquanto remove as usinas nucleares, investir em energias renováveis e limpas. Atualmente, 52,2% da energia produzida na Alemanha provém de matrizes renováveis, fruto da pressão da população para que o país siga uma vertente de energia verde.
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Ainda muito dependente do carvão, a Alemanha também planeja libertar-se completamente das usinas de carvão até 2026, cientes de que, para resolver a crise climática que assola nosso planeta, é necessário limitar a emissão de carbono do carvão para a atmosfera. Como maior potência da Europa, a Alemanha lidera pelo exemplo.
No plano para a diminuição da emissão de carbono do carvão, que é apoiado por 80% da população, as autoridades não pretendem desconsiderar os 40.000 mil empregos gerados pela indústria do carvão e planejam sua relocação para os setores de energia renovável.
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O investimento em energia limpa não para por aí. Com olhos de águia, a Alemanha investe na produção de energia solar independente, auxiliando seus cidadãos na instalação de sistemas solares fotovoltaicos e incentivando a venda do seu excedente para seus vizinhos ou de volta para a companhia de energia elétrica. As companhias elétricas são obrigadas por lei à pagar em dinheiro pelo excedente recebido.
Esta prática gera renda e movimenta a economia, trazendo mais qualidade de vida para aqueles que vendem seu excedente de energia solar e para os cidadãos que compram essa energia mais barata. Esta prática acabou incentivando a formação de vilas de energia solar, que acabam por sustentar bairros ou vilas inteiras.
Além do mais, essa virada para a energia limpa diminui consideravelmente a quantidade de gases do efeito estufa. O nível alemão de emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, atualmente, é 32% menor do que era em 1990.
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O plano Energiewente estende a possibilidade de venda do excedente de energia para as empresas também, seja ela gerada pelo sistema eólico ou solar. Desta maneira, todas as camadas da sociedade alemã são incentivadas à migrar para a matriz renovável.
Devido ao custo menor e à facilidade da instalação, a energia solar mostra-se como a melhor opção. Por poder ser instalada em qualquer lugar, diferentemente do sistema de energia eólica, a energia solar se faz mais acessível e, com isto, vem crescendo cada vez mais em território alemão. Na atual conjuntura, 12,4% de toda energia produzida na Alemanha provém de matriz solar.
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Mesmo sem uma irradiação solar muito forte quando comparada à brasileira, com uma incidência solar média menor mesmo do que as das áreas do Brasil com menos luz do sol, a Alemanha lidera o ranking dos países produtores de energia solar, ficando atrás somente da China.
Com 35 GW de potência instalada, é o país que mais gera energia solar per capita. Isso se dá pela alta taxa de adesão à energia solar, proporcionada pele eficiente regulamentação do setor, que inclui incentivos para que pequenas e médias empresas, além de agricultores, instalem sistemas solares.
E vale lembrar, não apenas para o consumo próprio; o incentivo consiste também em estimular a venda do excedente de energia elétrica gerada. O Energiewende determina ainda que só se usará a energia produzida por meios não renováveis quando esta houver sido esgotada em dado momento.
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Tendo em Angela Merkel uma chanceler que já foi ministra do meio ambiente, a Alemanha é um exemplo de país pró-natureza. Estabelecendo metas ambiciosas para a redução da poluição, o plano é reduzir 95% da emissão de gases poluentes até 2050.
Claudia Kemfert, professora de Economia Energética no Instituto Alemão de Pesquisas Econômicas (DIW), disse que todos os setores da economia devem contribuir para o alcance desta meta, principalmente os de transporte e construção.
"Os transportes ferroviário e público devem receber um incentivo significativamente maior. Também precisamos de uma cota vinculativa para carros elétricos no licenciamento de novos veículos, da expansão da infraestrutura da rede de recarga, de um endurecimento dos limites de emissões da União Europeia e de um pedágio climático", declarou.
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Como uma das maiores economias do mundo, a Alemanha mostra o caminho para o futuro: energia limpa e sustentável é a única maneira do planeta alcançar seu potencial crescimento econômico sem auto destruir-se. Qualquer que seja o estágio de desenvolvimento de cada país, o planeta é um só e seus recursos são limitados.
A geração de energia através de sistemas solares fotovoltaicos é a opção mais barata; não há poluição sonora como nos sistemas de energia eólica; pode ser instalado em áreas urbanas ou rurais, ocupando telhados já existentes; o equipamento necessário para a sua instalação tem uma durabilidade considerável; e, por fim, não emite dióxido de carbono para a atmosfera. Tudo isso confirmando-a como a melhor opção para o desenvolvimento da humanidade.
Fonte: Evo solar
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