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Pronta para brilhar, energia solar deve expandir pós-pandemia

Apesar das incertezas do segmento de energia solar, causadas pela pandemia da Covid-19, o futuro será bastante promissor para o mercado fotovoltaico em 2021.

Imagem: Divulgação


A energia solar deve expandir pós-pandemia, com a recuperação global e queda de preços em toda a cadeia de abastecimento.



E é sobre grandes números do mercado global que falaremos neste texto, inspirado no artigo de Mars Chang, publicado pela PV Magazine.


De acordo com o pesquisador, a previsão é de que a China domine 31% do mercado global. A expectativa é, também, de que a Europa e os Estados Unidos respondam por 19% e 15% de share, respectivamente.

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Da mesma forma, o mercado indiano deve se recuperar da queda acentuada em virtude da Covid-19. E, a demanda no Oriente Médio e na América Latina também é otimista.


A PV InfoLink, é uma agência que fornece insights em tempo real sobre o segmento fotovoltaico. Segundo sua estimativa, a demanda global de módulos atingirá quase 144 GW em 2021.



Paridade da grade

Em 2021, sob a orientação política, o governo chinês não fornecerá mais incentivos solares, exceto para projetos residenciais.


Assim, os projetos não subsidiados se tornarão gradativamente o principal fator para o crescimento da demanda no mercado chinês.

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Diante desse cenário, espera-se que a China alcance 44,5 GW de demanda de módulo em 2021.


A PV InfoLink, então, prevê que os preços dos módulos cairão para RMB 1,45 (US $ 0,22) /W no segundo semestre.



Isso comprova que a energia solar deve expandir no pós-pandemia. Assim, impulsionados por projetos de paridade de rede, os últimos três meses de 2021 prometem ser a temporada mais movimentada do ano.

Imagem: Divulgação


Crescimento no exterior

Em meio à crise, muitos governos fora da China adiaram os prazos de conexão à rede. Postergaram, também, os leilões para minimizar os impactos no setor de energias renováveis. Outros fatores que desencadearam o aumento dos preços foram:



Acidentes em algumas fábricas de polissilício, material usado na fabricação dos painéis solares;

Soluços logísticos liberados pela pandemia em Xinjiang no terceiro trimestre;

Os aumentos de preços dos módulos causados ​​pela escassez de vidros fotovoltaicos.


Como resultado desses desafios, os desenvolvedores adiaram projetos para evitar custos extras incorridos pelo aumento dos preços dos módulos.

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Da mesma forma, com os disparos dos preços dos vidros, os fabricantes de painéis podem ter que renegociar os termos dos pedidos firmados.


Com isso, tendem a concordar com a fixação de preços mais baixos e adiar a entrega para o próximo ano.



Em 2021, os mercados da Europa e dos Estados Unidos brilharão intensamente.


A Índia deve se recuperar, o Oriente Médio e a América Latina verão uma forte demanda impulsionada por serviços públicos.


Terão, ainda, demanda de projetos de paridade de rede. Assim, há forte esperança de que a energia solar deve expandir pós-pandemia.


Por isso, a expectativa é de que a demanda fora da China atinja 99,2 GW no próximo ano. Isso deve acontecer com os EUA, a Europa e a Índia, contribuindo com 22 GW, 26,7 GW e 9 GW de demanda, respectivamente.

Imagem: Divulgação


Cenário na Europa

Alguns desenvolvedores na Europa e nos Estados Unidos adiaram projetos até o primeiro semestre de 2021, em antecipação à queda nos preços dos módulos.


Considerando o resultado das eleições nos EUA, não haverá impacto imediato na demanda no próximo ano, visto que a maioria dos projetos já está planejada.



Este ano, também, países europeus como Alemanha, Holanda e Suécia diminuíram o cronograma de instalações de sistemas solares.


Assim, há expectativa de uma retomada plena no primeiro semestre de 2021. Mesmo com uma segunda onda de Covid voltando à Europa em outubro, as medidas agora são menos restritivas comparando-se com o início do ano.

Imagem: Divulgação


Aumento da demanda e diminuição dos preços

Os mercados fora da China devem experimentar um curto período de menor demanda no terceiro trimestre.


No entanto, subirão para um pico no segundo semestre, no último trimestre, durante a alta temporada nos EUA. E, da mesma forma, durante o aumento da demanda no Oriente Médio e na América Latina.



A projeção de 33 GW de demanda global nos primeiros três meses de 2021 é ligeiramente inferior ao nível do último trimestre de 2020.


A escassez de vidro diminuirá. Assim, espera-se que os preços dos módulos comecem a reduzir gradualmente após o Ano Novo Chinês, que termina em 11 de fevereiro.


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A tendência de queda será acelerada a partir da disponibilidade de grandes volumes de wafer, célula e capacidade de módulo no terceiro trimestre.


Cenário Brasil: a energia solar deve expandir no pós-pandemia

O Brasil vem sendo reconhecido como um player importante no mercado global fotovoltaico.


A prova disso é que em apenas dois anos, saltou da 26ª posição para o 16º maior mercado, globalmente, segundo dados da ABSOLAR.



Este ano, o setor de energia solar em Geração Distribuída deve experimentar um crescimento de 50% em relação ao ano passado.


Está previsto que até o final deste ano, o mercado atinja 4,5 GW de potência instalada com 360 mil unidades consumidoras. Além disso, são 180 mil novas unidades adicionadas apenas este ano.


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Mais motivos para percebermos o quanto a energia solar deve expandir pós-pandemia.


Portanto, para 2021 o crescimento estimado deve ser de, no mínimo, mais 4 GW e 360 mil novas unidades consumidoras.


E para 2023, estimamos que será mais 5GW de potência instalada e outras 400 mil novas unidades consumidoras.


Por fim, vale destacar que a Covid-19 trouxe uma nuvem de incertezas para o mercado.

Mas, a pandemia terá um impacto limitado no setor de energia solar fotovoltaica, em longo prazo.



A neutralidade do carbono, a paridade da rede e a energia solar continuarão sendo tendências globais.


E mais: com as reduções significativas de custos, continuarão a impulsionar o crescimento das energias renováveis.


Fonte: aldo

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