Projetos elaborados a pedido de interessados em instalar unidades de energia solar fotovoltaica ou biodigestor alcançam montante de R$ 120 milhões.
Produtores que buscam o RenovaPR também podem se beneficiar do Banco do Agricultor Paranaense, pelo qual o Estado absorve 100% da taxa de juro dos financiamentos.
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O Programa Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR) já tem 656 projetos elaborados a pedido de interessados em instalar unidades de energia solar fotovoltaica ou biodigestor, alcançando o montante de R$ 120 milhões.
Desses, 244 projetos técnicos já estão em bancos para financiamento, o que representa R$ 43.984.617,96.
Em aproximadamente dois meses após lançamento, pelo menos 5 mil produtores rurais já procuraram os escritórios municipais do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) em busca de informações.
Além do atendimento ao agricultor, o IDR-Paraná lançou editais de chamada pública para interessados em prestar serviços para energia solar e biogás em ambientes rurais.
Até este momento, o Edital 001/2021, para integradoras de energia solar, possui 346 empresas cadastradas.
Dessas, 321 já passaram por todo o processo e estão homologadas para atender produtores rurais em projetos.
O Edital 002/2021, para a modalidade biogás/biometano, tem até agora 13 empresas cadastradas e nove já homologadas.
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O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que o Paraná está dando oportunidade para que os produtores mostrem ao mundo sustentabilidade e capacidade de inovação para garantir mais renda nas propriedades.
“A energia é um insumo cada vez mais relevante nos processos agrícolas, representando boa parte dos custos”, afirmou.
“A geração própria, a partir de fontes renováveis, ajuda a reduzir custos, além de dar mais qualidade à energia, pela estabilidade no suprimento.
Por isso, o agricultor precisa ter muito presente a importância dessa riqueza.”
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Os produtores interessados precisam se dirigir à unidade municipal do IDR-Paraná mais próxima de sua propriedade.
É ali que ele manifesta a vontade de aderir ao programa e opta, entre os homologados, a quem melhor atende seus objetivos.
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Caso pretenda aproveitar os benefícios do Banco do Agricultor Paranaense, pelo qual o Estado assume o pagamento total da taxa de juros, o produtor deve procurar também o agente financeiro credenciado a esse programa.
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SUSTENTABILIDADE – Segundo o coordenador do RenovaPR, Herlon Goelzer de Almeida, do IDR-Paraná, o Estado possui hoje cerca de 2.300 unidades produtivas rurais gerando energia própria.
Dessas, 2.100 pelo sistema solar fotovoltaico e 200 a partir de biodigestores.
“O programa RenovaPR colocou como meta 100 mil unidades produtivas gerando sua própria energia até 2030”, afirmou Almeida.
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O IBGE estima em 305 mil o número de estabelecimentos rurais no Estado.
Para ele, o incentivo à energia renovável por parte do governo e a crescente procura por parte dos produtores têm pelo menos duas variáveis importantes.
Uma delas é o peso que a energia elétrica tem no custo de produção no meio rural.
“Existe um decreto presidencial estabelecendo que até 2023 a energia rural vai perder o subsídio concedido desde 1930, o que vai elevar ainda mais a tarifa.
Então, o programa ganha mais importância como auxílio na redução do custo de produção”, argumentou o coordenador do RenovaPR.
“Além disso, o Estado optou por substituir o programa Tarifa Rural Noturna pela medida mais duradoura e racional do estímulo à produção própria de energia renovável.”
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De acordo com Almeida, tão relevante quanto o fator custo é a participação do Estado no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), proposto pela Organização das Nações Unidas.
O ODS 7 prevê que, até 2030, seja assegurado o acesso universal, confiável, moderno e a preço acessível à energia.
Além disso, propõe que seja aumentada, de forma substancial, a participação de energias renováveis na matriz energética mundial.
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MENOS GASTO – Em Cafelândia, no Oeste, o primeiro contrato assinado do RenovaPR beneficiará a propriedade de 3,5 alqueires que Armindo Zuck tem com o filho Anderson no distrito de Campina.
Ali eles se dedicam à avicultura e à bovinocultura de leite, com consumo que vai de 6 mil quilowatts/mês a até 14 mil, dependendo da temperatura e do uso dos equipamentos.
Isso obriga o desembolso em torno de R$ 4,5 mil a R$ 5,5 mil por mês. “Às vezes, o que sobraria para a gente vai tudo em energia, é o maior custo da propriedade”, disse Anderson.
Mas esse gasto está com os dias contados. As estruturas que receberão 178 placas fotovoltaicas estão sendo montadas e a expectativa é que em outubro, com os 9.500 quilowatts que serão gerados, a fatura seja a mínima.
Foi durante reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento que a família Zuck ficou sabendo dos programas RenovaPR e Banco do Agricultor Paranaense e da possibilidade de financiar a instalação das placas e do Estado bancar o pagamento de 100% da taxa de juros.
“Um dos grandes atrativos que levou ao investimento neste momento foi a questão do Banco do Agricultor Paranaense que ajudou na taxa de juros do empreendimento”, afirmou.
Em Francisco Beltrão, no Sudoeste, onde os proprietários rurais têm buscado muitas informações e muitos já se decidiram pela energia renovável, a família Gandolfi deve reduzir a conta já em outubro.
Na propriedade são produzidos 1.400 litros/dia de leite e mantidas em alojamento 20,4 mil aves.
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“Nós tomamos a decisão de mudar por causa da energia, que tem aumentado cada vez mais”, disse Joélcio Marcos Gandolfi, que divide o trabalho com o pai, Silvestre.
Ele destacou que a família estava com todo o processo de reconversão em andamento e ajustado, que pagaria 3% de juro, quando foi informada sobre o Banco do Agricultor Paranaense.
“Demos baixa no processo, fomos no IDR-Paraná, fizemos o projeto por lá e encaminhamos para o banco que já liberou o financiamento com juro zero”, contou.
Segundo o produtor, a conta de energia chegava a até R$ 2 mil. “E estão falando que nos próximos tempos terá cada vez menos água e a energia ficará cada vez mais cara”, salientou.
Agora, a família espera que as 68 placas, com potência de 3800 quilowatts, garantam o consumo e ainda sobre. O investimento de R$ 132 mil deve ser amortizado pelos próximos dez anos.
“Tem dez anos para pagar o financiamento, sem juro ainda, é um negócio muito bom, não pode perder”, afirmou Joélcio.
Fonte: aen.pr.gov.br
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