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Pontos de ônibus de Curitiba vão receber filmes fotovoltaicos orgânicos

Projeto desenvolvido e executado pela UFPR visa usar fonte solar para produzir a energia usada nas estações da cidade


Imagem: Divulgação


A UFPR (Universidade Federal do Paraná) desenvolveu e estará à frente da instalação de um projeto fotovoltaico em Curitiba (PR) com OPVs (Organic Photovoltaics), ou filmes fotovoltaicos orgânicos.


Eles serão instalados em pontos de ônibus, chamados de estações-tubo, na cidade.



Os OPVs são materiais feitos com polímeros e que atuam como módulos fotovoltaicos de silício na geração de energia elétrica, mas são leves e flexíveis, portanto não alteram a arquitetura da estação.


“As superfícies dos telhados das duas estações-tubo serão adesivadas com vários painéis de OPVs, conectados em paralelo e posteriormente a um inversor”, explica Lucimara Stolz Roman, coordenadora do projeto na UFPR.


Imagem: Divulgação


De acordo com ela, a energia gerada será usada para o consumo da própria estação, com a abertura e fechamento das portas, uso do elevador, na iluminação e nos pontos de recarga para celulares.


Quando a eletricidade gerada for maior que a demanda da estação, a mesma será distribuída na rede pública.



As escolhidas para a instalação dos OPVs são as estações-tubo Itajubá – uma no sentido centro e outra no sentido bairro.


“Serão dois sistemas com potências diferentes. O número de células [instaladas em cada estação] também serão diferentes.


Imagem: Divulgação


O projeto elétrico está em refino de estudo”, diz Roman, esclarecendo que ainda faltam algumas definições técnicas para as instalações.


O projeto surgiu a partir do estudo de doutorado da física e analista em Ciência e Tecnologia, Anna Gabriela Tempesta, com supervisão de Roman, no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências dos Materiais da UFPR.



A Universidade seguirá como responsável no projeto e fará o acompanhamento da aquisição, da instalação e da eficiência energética das células fotovoltaicas.


A equipe formada por Roman, por Tempesta, por um aluno de pós-doutorado e por um estagiário, também irá validar a melhor opção que deve ser adotada por Curitiba.


“A equipe será responsável pelas visitas frequentes de acompanhamento nas estações-tubo para avaliação das propriedades elétricas e validação das instalações”, compartilha a coordenadora do projeto.


Imagem: Divulgação


O projeto de instalação foi proposto pela UFPR para o Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), sendo firmado um contrato entre as partes que definiu as diretrizes da iniciativa.


O projeto foi iniciado em dezembro de 2021 e terá duração de 13 meses, sendo que a instalação está prevista para ocorrer entre março e abril de 2022.



As próximas ações do cronograma são a compra das células solares e início dos processos de licitação para contratação da empresa que será responsável pela instalação elétrica e também dos painéis solares nas estações-tubo.


“Aliado ao cronograma técnico, a equipe fará um trabalho de divulgação científica sobre o uso de painéis fotovoltaicos, suas propriedades e diferentes materiais associados a essa tecnologia de energia limpa”, finaliza Roman.


Imagem: Divulgação


Projeto de pesquisa

A UFPR já havia recebido anteriormente uma estação-tubo para efetuar suas pesquisas e seguir com a prova de conceito antes do projeto ser expandido para outras estações de Curitiba.


“A estação foi instalada no Centro Politécnico. Na sequência, foram acopladas as células solares orgânicas recebidas por doação de uma empresa.


O laboratório DiNE fez toda instalação elétrica e off-grid e avaliou os pontos fortes e fracos da tecnologia”, relembra a coordenadora.



Ela reforça que o novo projeto em andamento com o Ippuc será diferente do que foi instalado na estação-tubo do Centro Politécnico.


Enquanto este utiliza sistema off-grid com baterias estacionárias, as estações-tubo Itajubá vão atuar com um sistema on-grid, conectadas à rede pública.


Fonte: Canal Solar

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