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Parques paulistanos serão abastecidos com energia fotovoltaica

Sistema instalado no Villa-Lobos e Cândido Portinari será capaz de produzir anualmente 665 megawatts-hora, tornando ambos energeticamente autossustentáveis

Imagem: Divulgação


Desde o início de 2017, os parques Cândido Portinari e Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo, contam com infraestrutura para geração de energia fotovoltaica capaz de atender às suas demandas no estacionamento, lanchonete e quadras de esportes.

Com capacidade de produção anual de 665 megawatts-hora (MWh), as instalações ainda não estão em funcionamento.

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Embora as obras tenham sido concluídas no final de 2016, ainda há que se tomar providências para conexão com a rede elétrica, comissionamento e início da geração de fato.



Mas, quando entrar em operação – o que está previsto para acontecer ainda no primeiro semestre de 2017 – , a miniusina tornará os dois parques energeticamente autossustentáveis.

O empreendimento foi desenvolvido em atendimento a uma chamada pública da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) com o objetivo de estudar os aspectos regulatório, econômico, técnico e comercial da energia solar

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Vizinhos e interligados, os parques somam mais de 830 mil m² de área e recebem, em média, de 30 a 60 mil pessoas aos finais de semana.

Trata-se do maior projeto de minigeração solar distribuída em um parque urbano público do Brasil.



ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

As instalações são compostas de uma microcentral de geração erguida no prédio da lanchonete do Parque Villa-Lobos com capacidade de produzir 9,6 quilowatt-pico (kWp).

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Também contam com uma central de geração de 531 kWp, localizada no Parque Cândido Portinari e composta por três lances de estacionamento, duas estruturas fixas e dois seguidores solares de dois eixos, além de 40 postes de iluminação autônomos.



Só no bolsão de estacionamento do Portinari foi realizada a cobertura de 261 vagas com 2.095 módulos fotovoltaicos, totalizando 3.400 m² de área coberta.

A infraestrutura dispõe, ainda, de uma estação solarimétrica que faz medições e análises diárias do potencial de irradiação para identificar eventuais possibilidades de otimização.

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Todos os módulos fotovoltaicos de silício policristalino utilizados nos parques foram desenvolvidos e fabricados no Brasil.

Durante a etapa de projeto, foram estudadas diferentes configurações para captação no solo e sobre telhados.



“A escolha do estacionamento do Parque Cândido Portinari se deu principalmente por utilizar um espaço existente sem indisponibilizá-lo para outras aplicações e onde já há o impacto visual da presença dos carros”, conta o engenheiro Antonio Celso de Abreu Junior, subsecretário de Energias Renováveis da Secretaria de Energia e Mineração do Governo do Estado de São Paulo.

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Ele explica que houve grande preocupação na especificação das estruturas metálicas para que elas se integrassem à arquitetura do parque.

“A intenção era demonstrar que poderia haver a convivência no mesmo local entre tecnologia e meio ambiente”, revela o subsecretário.

A instalação transforma a luminosidade do sol em uma corrente elétrica contínua por meio de inversores.



Mesmo autossuficiente, o parque continua conectado à rede de fornecimento de energia elétrica da AES Eletropaulo no chamado sistema de compensação.

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No momento em que não houver a produção de energia, como, por exemplo, à noite ou em dias com nebulosidade intensa, os parques serão abastecidos pela eletricidade disponibilizada pela rede.

DESAFIOS CONSTRUTIVOS

A obra foi realizada ao longo de sete meses, de maio a dezembro de 2016. Durante a execução do projeto, a fundação das estruturas metálicas do estacionamento foi um dos maiores desafios técnicos superados.



Isso porque o local foi utilizado por muito tempo como canteiro de obras da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e como um aterro antes de ser devolvido à administração estadual e se transformar em um parque no fim de 2012.

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Em função das características do terreno, foi necessário realizar o aprofundamento e o reforço das bases da estrutura.

A vida útil considerada para cálculo financeiro de plantas fotovoltaicas é de 30 anos. Mesmo assim, as instalações fotovoltaicas não podem prescindir de manutenção.



“Basicamente, os cuidados exigidos são acompanhamento mensal de geração e limpeza periódica dos módulos entre seis meses e um ano, dependendo da sujidade do local de instalação e da ocorrência de chuvas”, explica Abreu Júnior.

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Para fins de pesquisa, o projeto combinou diferentes tecnologias de painéis, utilização de seguidores solares e 19 tipos de inversores.

Segundo Abreu Júnior, isso inviabilizou a comparação dos custos de implementação com os de uma planta convencional.



“Mas sabemos que a geração fotovoltaica já é viável do ponto de vista financeiro, tanto para plantas comerciais quanto para autogeração”, garante o engenheiro.

O projeto consumiu mais de R$ 13,3 milhões de investimentos e contou com a participação das empresas RTB Energias Renováveis, AES Eletropaulo, além do apoio das Secretarias de Energia e Mineração e do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.



Para fins de pesquisa, o projeto combinou diferentes tecnologias de painéis, utilização de seguidores solares e 19 tipos de inversores.

Segundo Abreu Júnior, isso inviabilizou a comparação dos custos de implementação com os de tuma planta convencional. “Mas sabemos que a geração fotovoltaica já é viável do ponto de vista financeiro, tanto para plantas comerciais quanto para autogeração”, garante o engenheiro.

Fonte: Revista aecweb


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