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Melhores práticas, segurança, treinamento e normas

Setor se estrutura para garantir qualidade e confiabilidade dos profissionais e instalações.

Imagem: Divulgação


Diante do crescimento da energia solar fotovoltaica, que conquistou a terceira posição na matriz energética brasileira (com 18 GW em operação), surgem novas demandas de qualidade e segurança, que movimentam as agendas dos órgãos e instituições competentes.


Um dos tópicos mais importante é a qualidade dos produtos do sistema fotovoltaico. Estes equipamentos e componentes devem seguir as normas brasileiras estabelecidas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, e quando necessário, as normas de referências internacionais (IEC, NEC, VDE e AS).


Além disso, para serem comercializados no País, os equipamentos fotovoltaicos devem ter a etiquetagem compulsória do Inmetro.


É preciso também se atentar para toda parte da qualidade do projeto e engenharia. O sistema fotovoltaico deve ser desenvolvido por uma empresa devidamente registrada ao Crea/Confea e a sua instalação requer acompanhamento de uma empresa/profissional habilitado.


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Depois de instalado, o sistema passa por um processo de vistoria pela distribuidora de energia, quem autoriza a conexão do sistema à rede elétrica. Daí a importância em capacitar e certificar os profissionais que vão fazer a instalação ou montagem do sistema FV no telhado.


“A Absolar, em conjunto com várias outras instituições, trabalhou no desenvolvimento de um programa de certificação para montadores de sistemas FV, oferecido pelo Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.


Como uma forma de trazer mais qualidade e garantir uma reciclagem periódica desses profissionais no mercado”, relatou Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, durante painel apresentado no congresso Intersolar South America, realizado de 23 a 25 de agosto, em São Paulo.


Imagem: Divulgação


Outro quesito a ser conferido é a credibilidade das empresas que atuam no setor. Nesse sentido, a Absolar está lançando o programa de Certificação Voluntária de Qualidade, que atesta que uma empresa do setor fotovoltaico cumpre os requisitos preestabelecidos para oferecer ao mercado serviços ou produtos com qualidade e segurança.


O selo é uma marca de conformidade que pode nortear o consumidor nas suas escolhas.


Já com o objetivo de mitigar riscos ou danos decorrentes de problemas estruturais provenientes das instalações fotovoltaicas, a ABNT está elaborando, em parceria com o Corpo de Bombeiros, um guia/manual de boas práticas e segurança para ajudar os bombeiros a tratar uma edificação provida de um sistema fotovoltaico na ocorrência de incêndio.


“A edificação pode pegar fogo por vários motivos, que não sejam associados ao sistema fotovoltaico, mas a partir do momento em que existe um sistema de fonte solar, os bombeiros precisam, além de ter acesso a essa informação, saber qual protocolo deve ser seguido para combater esse incêndio de forma segura”, explica Sauaia.


Segundo o executivo, o tema é tão novo que ainda não há uma norma internacional estabelecida. Como referência para fundamentar este guia, está sendo utilizado o relatório técnico IEC TR 63226: 2021 sobre gerenciamento de risco de incêndio relacionado aos sistemas fotovoltaicos em edifícios.


Imagem: Divulgação


Para este desenvolvimento, a ABNT já constituiu uma ação tripartite entre três áreas da entidade: a recém-criada ABNT/CEE-253 (Comissão de Estudo Especial), que coordenada a elaboração de normas técnicas para o setor de energia solar no Brasil; ABNT/CB-03, comitê de estudos que trata de eletricidade e instalações elétricas de BT; e ABNT/CB-24, que trata do combate a incêndios especificamente.


“A ideia é que este guia seja transformado, posteriormente, numa normativa a ser seguida pelo setor, para que se tenha garantia de qualidade de forma mais estruturada para as usinas fotovoltaicas em edifícios, ajudando a reduzir os riscos desses sinistros”, finaliza o dirigente da Absolar.


Fonte: Fotovolt

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