top of page

Investimentos em energia eólica e solar disparam com equipamentos mais baratos e financiamentos

Avanço de tecnologias barateiam equipamentos, cuja cadeia industrial ainda em desenvolvimento no Brasil abre oportunidade de geração de empregos


Nos últimos 20 anos, as tecnologias para gerar energia de fontes renováveis avançaram, os custos despencaram e o crédito aumentou no Brasil. Essa combinação favoreceu investimentos na casa dos bilhões, principalmente em energia eólica e solar.


Imagem: Divulgação


Isso não só aumentou a oferta de energia, mas também desenvolveu uma cadeia de suprimentos e serviços que gera empregos.


Philipp Hauser:‘Brasil pode ser líder mundial da transição energética’, diz pesquisador

Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), aponta o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), de 2002, como um marco que impulsionou a geração de energia a partir dos ventos no Brasil, na época ainda vista como experimental e cara.


Imagem: Divulgação


O governo fez leilões para contratar energia eólica, estimulando empreendimentos. As primeiras unidades eólicas entraram em operação no Brasil em 2011. Em dez anos, a capacidade instalada dessa fonte no país saltou de 1 gigawatt (GW) para os atuais 18,6 GW.



O segmento deve continuar crescendo, em média, 2 GW por ano, mobilizando R$ 14 bilhões anuais. Estima-se que, a cada 1 GW instalado, 15 mil postos de trabalho são criados.


Imagem: Divulgação


— Embora a tecnologia para a produção de energia eólica seja padronizada, por aqui houve uma tropicalização dos equipamentos, que chegam a gerar o dobro da energia gerada na Europa — diz Elbia, observando que o país importa menos hoje com o desenvolvimento de fabricantes locais.


Limpa: Mais de 80% dos projetos de expansão da produção de energia no Brasil já são de fontes renováveis



Na energia solar, investimentos somam R$ 46,4 bilhões desde 2012, tanto por usinas quanto por quem decidiu gerar a própria energia com painéis fotovoltaicos nos telhados de casas, negócios ou propriedades rurais. No período, foram gerados 264 mil empregos no setor, calcula a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Imagem: Divulgação


Atualmente, a energia obtida da luz do sol equivale a quase 2% da geração do país. Usinas de grande porte entregam 3,3 GW, e sistemas de geração própria somam 5,5 GW. Segundo a consultoria Greener, 4,1 GW de novas usinas solares entram em operação até 2022.


— Hoje, já temos 40 fabricantes de equipamentos no país, mas ainda importamos. O Brasil é um dos maiores polos de energia solar do mundo. Estamos recuperando um atraso histórico — diz Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar.


Imagem: Divulgação


Na área de equipamentos, companhias têm diversificado sua receita com energia renovável. A catarinense Weg, que se destacou na fabricação de aerogeradores, já produz e instala peças para usinas solares e sistemas de menor porte. No início deste mês, a empresa firmou parceria com a Vale para produzir equipamentos solares em sua nova unidade em Betim (MG).



Problemas: Quase 40% da energia prevista para entrar em operação até 2026 depende de obras atrasadas


Imagem: Divulgação


Vão para o Projeto Sol do Cerrado, no norte de Minas, empreendimento de energia fotovoltaica com capacidade de 1,6 GW a partir de 2022. Vai custar US$ 500 milhões, mais de R$ 2,5 bilhões.


Fonte: O Globo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
energiasolar-whtasapp.gif
bottom of page