O governo brasileiro está apostando que o grafeno irá revolucionar a economia e a indústria nacional.
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Recentemente, nós, do Engenharia 360, comentamos sobre como o grafeno foi descoberto.
Mas é importante falar, agora, sobre como utilizar esse material, na prática. Sabe-se que o Brasil está investindo bastante nessa tecnologia a partir de 2021.
Mas por que tamanho interesse no assunto? É isso que iremos entender com as explicações e exemplos apresentados no texto a seguir! Confira!
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Na tecnologia
O grafeno pode ter muitas utilidades, dependendo de como ele é isolado e usado.
Hoje, o material é considerado uma grande solução para várias áreas da tecnologia, substituindo outras matérias-primas raras e escassas aplicadas na fabricação de equipamentos e até mesmo barateando os custos disso para o consumidor.
O principal motivo das empresas apostarem tanto nesse composto químico é a revolução na indústria de eletrônicos do momento, que projeta uma nova geração de componentes e dispositivos.
Por exemplo, já está sendo desenvolvido, a partir do grafeno, um novo tipo de cabo de transmissão, aproveitando todo o potencial dos elétrons e potencializando a velocidade de troca de dados a centenas de vezes acima do que existe atualmente.
Além disso, uma antena de grafeno, com a qual é possível transmitir, a 1 m de distância, 128 GB (ou 1 terabit) por segundo.
Ainda podemos citar projetos para baterias usando-se as propriedades do material. E, por último, as tentativas para a utilização de derivados do grafeno na fabricação de nanochips, fones de ouvidos, filtragem de água salgada, telas touchscreen e dispositivos biônicos.
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Na medicina
Segundo especialistas, a medicina pretende rastrear e localizar tumores de câncer de mama utilizando um microchip de grafeno, rastreando vestígios de HER2, proteína presente em 30% dos casos.
A expectativa é detectar câncer seis meses antes de um nódulo brotar no seio. Porém, reduzir o custo de produção, que ainda é muito alto, é o grande desafio.
Em pesquisa sobre glioma – o tipo de câncer que ataca o sistema nervoso – cientistas realizaram testes em animais isolando a célula cancerosa com uma película de grafeno.
Com isso, eles conseguiram interromper o fornecimento de oxigênio e nutrientes, matando a célula cancerosa.
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E o número de patentes relacionadas ao grafeno cresce a cada ano no campo da medicina e da bioquímica – a sul-coreana Samsung, a chinesa OKTECH e a americana IBM ocupam a primeira, segunda e terceira colocação, respectivamente!
Já foi criada uma lente de contato capaz de captar todo o espectro de raios infravermelho, permitindo ao usuário enxergar no escuro e prometendo devolver a visão a pacientes por meio de implantes de retinas de grafeno.
Também foi utilizado grafeno na fabricação de camisinhas, produção de músculos artificiais, pele artificial, leitura de sequenciamento genético, e muito mais.
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Na Captação de Energia Solar
Sistema Fotovoltaico
A busca por energia limpa, sustentável, está fazendo com que o investimento em sistemas fotovoltaicos aumente muito.
Alguns painéis solares já estão sendo fabricados com uma cobertura de grafeno – o que aumentaria a eficiência energética e facilitaria a limpeza das placas, pois o material consegue eliminar mais facilmente as sujeiras causadas por exposições climáticas e naturais.
Em síntese, os sistemas fotovoltaicos, formados por módulos, geram energia através da exposição à luz solar, podendo captar as ondas de luz emitidas pelo sol e transformá-las em energia elétrica.
Coberto com uma camada de grafeno, o sistema funciona mesmo em dias nublados, captando ondas de luz que muitas vezes não são perceptíveis ao olho humano como, por exemplo, os raios ultravioletas.
Isso é possível porque ele possui propriedades oxidantes que aceleram a decomposição das matérias orgânicas que caem na superfície e que podem comprometer o módulo e a absorção de luz.
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Sistema Híbrido – Solar e Eólico
A turbina híbrida desenvolvida no Brasil, que une as fontes solar e eólica, traz muitas novidades no que diz respeito ao aspecto tecnológico.
O projeto também utiliza grafeno; dessa forma, o equipamento fica livre de cargas mecânicas e elétricas, possibilitando produção contínua de energia.
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Telhas para captação de energia
A empresa Telite, do Rio de Janeiro, criou uma telha feita com grafeno capaz de transformar a luz solar em energia elétrica por cerca de 80 anos.
A princípio, a tecnologia foi desenvolvida para produzir 30 quilowatts de eletricidade por mês com apenas quatro telhas.
Cada peça pesaria 7 kg e teria pouco mais de 2 metros de comprimento, custando 40% mais baixo do que os painéis solares convencionais.
Essas telhas de grafeno ainda apresentam outras características interessantes. Por exemplo, elas seriam feitas com plástico reciclado, poliuretano de alta densidade; impermeáveis; atóxicas; e resistentes a altas temperaturas.
Elas não devem agredir o meio ambiente e poderiam absorver energia solar em dias nublados e chuvosos, sem comprometer sua capacidade fotovoltaica.
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A Telite planeja, com esse seu produto, atingir todas as classes sociais e levar energia limpa e renovável a todos os lugares do país.
Já a empresa S2A, dos Estados Unidos, acredita que o grafeno será o material do futuro para a construção de painéis solares mais eficientes.
A saber, os primeiros telhados de grafeno foram instalados no país em um condomínio ecológico de luxo na Califórnia.
A promessa é que todas as casas do residencial estejam equipadas com a mesma tecnologia, fazendo com que elas sejam autossuficientes em energia elétrica!
Fontes: Canal Tech, Tecmundo, Plástico em Revista, Gaucha ZH, Canal Tech 2, Techtudo, Canal Tech 3, Saúde Abril, Petro Notícias.
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