Segundo dados da ANEEL, a energia solar fotovoltaica lidera entre as fontes renováveis, com 4,87 GW
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O Brasil atingiu, nesta quinta-feira (25), o marco de 5 GW de potência instalada de geração distribuída de energia, segundo levantamento realizado pelo Canal Solar com base em dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
“Apesar do país enfrentar um momento de crise provocada pela pandemia, a geração distribuída continuou crescendo, justamente porque é uma alternativa para reduzir custos para o consumidor”, aponta Carlos Evangelista, presidente da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída).
Dos 5 GW de potência instalada, 1,90 GW são da classe comercial (38%), 1,90 MW (38%) da residencial e 676 MW da classe rural (14%).
Fonte: ANEEL
Já entre as regiões do país com maior potência estão a Sudeste, com 1,83 GW, seguida da Sul, com 1,13 GW, e Nordeste, com 920 MW.
Fonte: ANEEL
Ainda de acordo com os dados ANEEL, a energia solar fotovoltaica lidera entre as fontes renováveis, com 4,87 GW.
“Isso mostra a flexibilidade, a capacidade que a solar tem de se adaptar às diferentes realidades. Têm sistemas de 1 kW até grandes sistemas de 5 MW de todas as modalidades, remoto, geração compartilhada.
Residencial, comercial, agro em todos os estados do país”, destacou Guilherme Susteras, coordenador do grupo de trabalho de geração distribuída da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
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“Um pedaço importante do sucesso da GD tem a ver com a capacidade da fonte solar e da sua flexibilidade, em poder atender as diferentes necessidades dos consumidores para sua auto produção de energia”, acrescentou.
Marcos da GD no Brasil
Outros marcos acompanham o crescimento da potência instalada. Entre eles, o alcance de 400 mil conexões em geração distribuída e 500 mil unidades consumidoras que são alimentadas por elas.
“Há um mito de que gerar a própria energia é um luxo limitado a poucos cidadãos abastados, o que não é verdade.
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Temos exemplos de políticas públicas usando a geração distribuída como instrumento de geração de renda e inserção social”, conta Evangelista.
O executivo destaca que a modalidade fica cada vez mais popular e há ofertas competitivas no mercado.
A ABGD estima que, por conta dos inúmeros benefícios, a tendência de crescimento continue.
A expectativa da associação é que, até o final deste ano, a potência de geração distribuída no país alcance 7 GW.
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“Na retomada, acreditamos, o consumidor tenderá a buscar novas opções que representem não só uma economia, mas também um consumo mais sustentável.”
Em nota, a ABGD ainda destaca que a GD traz inúmeros benefícios para a sociedade, e que neste sentido é importante chamar a atenção para o processo de revisão da Resolução 482 que está em curso no Congresso Nacional e na ANEEL.
Manifesto em prol da GD
Onze associações do setor de GD (geração distribuída) divulgaram um manifesto, contra a proposta da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) de aplicar um modelo que prevê, em linhas gerais, um maior pagamento dos componentes da energia do que o defendido pelas entidades.
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O tema ganhou proporções estratosféricas nas últimas semanas em todo o país, já que especialistas afirmam que as mudanças nas regras atuais podem inviabilizar a continuidade do crescimento da geração distribuída.
No documento emitido em conjunto, as organizações destacam que o setor tem crescido muito nos últimos anos e gerado benefícios para toda a sociedade.
Mas que apesar dos avanços, a proposta preliminar apresentada pela agência, em reunião com associações do setor, está indo na contramão de tudo que já foi feito de bom até agora.
Fonte: Canal Solar
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