Miniusina de 1 MWp vai alimentar eletrolisador na UHE Itumbiara.
A Eletrobras Furnas inaugurou no dia 8 de dezembro em sua maior hidrelétrica, a UHE Itumbiara (2082 MW), entre os municípios de Itumbiara (GO) e Araporã (MG), uma miniusina solar fotovoltaica de 1 MWp integrada a uma unidade de testes para produção de hidrogênio verde.
Imagem: Divulgação
Sob investimento de R$ 45 milhões, trata-se de projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) regulado pela Aneel cuja meta é estudar sistemas de armazenamento de energia conectados ao SIN.
A miniusina solar conta com estrutura híbrida: 200 kWp são provenientes de módulos flutuantes sobre o reservatório da hidrelétrica e os restantes 800 kWp foram implantados no solo.
A energia gerada alimenta a unidade geradora de hidrogênio verde, ou seja, um eletrolisador que dissocia as moléculas da água.
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O hidrogênio é então armazenado na forma de gás em tanque com capacidade de armazenamento de 900 metros cúbicos a uma pressão de 27 bar.
Para converter o gás em energia elétrica e injetá-lo na rede, foi instalada ainda uma célula de combustível, que, como é próprio da tecnologia, além da eletricidade pro0duz apenas vapor d´água.
O projeto de P&D também estudará o armazenamento eletroquímico da energia solar gerada em sistema de baterias de lítio.
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Com eficiência de 94%, contra 35% do sistema por hidrogênio verde, que registra perdas na eletrólise e na reconversão para eletricidade, a tecnologia de baterias tem por outro lado a desvantagem de armazenar por menos tempo, além de ainda ser mais cara.
Já o armazenamento de hidrogênio é de longa duração.
Os testes operacionais na UHE Itumbiara visam avaliar a tecnologia do eletrolisador, o custo da manutenção, a durabilidade dos equipamentos, a perda de eficiência decorrente de desgastes do sistema, a qualidade da energia armazenada e o tempo de resposta quando da inserção no SIN.
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A previsão é a de que os primeiros estudos sejam concluídos em fevereiro de 2022. Participaram da implantação dos sistemas as empresas Base-Energia Sustentável e PV Solar e os projetos tiveram o apoio ainda das universidades Unesp e Unicamp, do Senai-GO, da Universidade de Brandeburgo (Alemanha) e do Cepel - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica.
Fonte: Fotovolt
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