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Fatores de Perda em Sistemas Fotovoltaicos e Como Eles Impactam na Geração. Sombreamento, Mismatch

Entender os fatores de perda em sistemas fotovoltaicos e como eles impactam na geração é imprescindível para o correto dimensionamento da usina.

Ao solicitar um orçamento, muitos clientes recebem cotações contendo potências distintas para um mesmo nível de consumo.

Imagem: Blog - Solarprime

Mas porque isso ocorre?

Pelo mesmo motivo que dois sistemas de 3,3 kWp localizados na mesma cidade não geram necessariamente a mesma quantidade.

Ao generalizar e não fazer uma inspeção detalhada no local, são utilizados fatores genéricos ao se fazer o cálculo da potência do gerador solar.

E como os fatores genéricos de cada integrador podem ser diferentes, o cliente acaba recebendo dois orçamentos distintos para a mesma necessidade.

Vamos agora entender que fatores são esses para você chegar na potência mais fidedigna à realidade do seu cliente. Sombreamento e poeira

Devemos sempre observar o local onde será instalado o sistema de energia solar para verificar as seguintes questões:

– Existência de arvores na altura ou acima do local onde os módulos serão instalados;

– Presença de poeira constante (proximidade a estradas sem pavimento por exemplo);

– Canteiros de obras próximos;

– Cidades com alta poluição;

Esse fator irá variar entre 1% a 5%, quanto menor o fator, menos há possibilidade de sombreamento.

Gosto sempre de lembrar que sombreamento causado por nuvens não entra no cálculo deste fator, portanto aqui eles devem ser desconsiderados.

Mismatch

Esse é sem dúvidas um dos maiores problemas enfrentados pelos projetistas. O mismatch nada mais é do que a diferença entre a quantidade de energia gerada por dois ou mais módulos fotovoltaicos.

Ele ocorre quando temos módulos conectados na mesma série, ou também no mesmo mppt, com as seguintes características:

– Diferentes características construtivas;

– Pontos da instalação com sombreamento parcial;

– Módulos posicionados em diferentes orientações e inclinações;

– Strings com números de módulos diferentes em um mesmo MPPT.


É com o objetivo de se evitar ao máximo todas as fontes de mismatch de projeto que os projetistas de sistemas fotovoltaicos com inversores centrais ou de string, devem atender a uma série de requisitos como os listados acima.

Para ele, variamos a faixa entre 1 a 5%. Temperatura Este é talvez o fator que mais surpreende as pessoas. Ao contrário do conhecimento geral, altas temperaturas prejudicam a produção do sistema de energia solar. Para efeito de cálculo, utilizamos a média da máxima temperatura anual de cada local, pois se utilizarmos a temperatura média, iremos mascarar o horário que temos geração solar, que é durante o dia, onde as temperaturas são mais altas. No mapa abaixo, é possível observar a temperatura de cada local do Brasil.

Para calcularmos a temperatura da instalação, de modo a utilizar no cálculo de correção da estimativa de geração, faremos a seguinte equação: 𝑻inst.= 𝑻𝒂𝒎𝒃+ (𝑻𝒂𝒎𝒃 − 𝑻𝒓𝒆𝒇) Onde: 𝑻inst.: É a diferença entre a temperatura real e a temperatura de referência. 𝑻𝒂𝒎𝒃 = temperatura ambiente considerada para a operação real no ambiente (vista no mapa acima) de instalação dos módulos fotovoltaicos. 𝑻𝒓𝒆𝒇 = temperatura de referência para testes de laboratório dos módulos fotovoltaicos, determinado em 25° C.

Para obter-se o valor da diferença entre a potência-pico em condições de laboratório e a estimativa de potência-pico em condições reais de operação, utilizamos a seguinte equação: Ctemp = °Cmod ∗ 𝑻inst Onde: Ctemp = coeficiente de correção de temperatura para estimativa de geração °Cmod = coeficiente de temperatura da potência-pico do módulo fotovoltaico, obtido de seu datasheet

Cabeamento de corrente contínua (C.C)

Durante a condução da energia em corrente continua existem perdas que devem ser consideradas.

O valor considerado vai variar de acordo com a distância dos módulos à string-box do projeto.

Quanto maior a distância, maiores são as perdas.

Os valores usuais variam entre 1 a 7%.

Cabeamento corrente alternada (C.A)

Assim como as perdas no cabeamento de corrente continua, a parte de corrente alternada também possui suas peculiaridades que precisam ser consideradas.

Essas também variam de acordo com a distância e condições de instalação.

Os valores de perda usuais variam entre 1 a 7%.

Todos os fatores acima irão variar de acordo com as instalações. Cada projeto é único e deve ser tratado assim. Para ter sempre um valor confiável, é sempre importante uma visita técnica no local e ser verificado todos os fatores que poderão impactar na geração do sistema fotovoltaico e, assim, não haver surpresar indesejadas. Fonte: academiadosol Quer ficar bem informado(a) sobre nossos informativos, e interagir com a gente? Cadastre-se grátis e esteja sempre por dentro de todos os nossos conteúdos www.energiasolarshop.com.br

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