Por meio da agência Fema, ideia é incluir a fonte e outras soluções net-zero em reconstrução de comunidades atingidas por desastres.
A agência norte-americana de gerenciamento de emergências, Fema (na sigla em inglês), passará a financiar projetos de energia renovável, incluindo solar fotovoltaica, bombas de calor, além de equipamentos eficientes, para aumentar a resiliência dos Estados Unidos contra os efeitos da crise climática em programas de recuperação de comunidades atingidas por desastres.
Imagem: Divulgação
Os recursos utilizados para os projetos net-zero virão do maior programa de subvenção e assistência pública da Fema, voltado por exemplo para reconstrução de escolas, hospitais, quartéis de bombeiros e para investimentos em infraestrutura comunitária após desastres climáticos.
O desbloqueio dos fundos públicos de emergências para a questão climática, além de ajudar nas metas de net-zero do governo federal para 2050, tem o simbolismo de considerar a transição energética ferramenta para as comunidades beneficiadas evitarem as consequências da mudança do clima.
Os projetos serão vinculados ao Programa de Concessão de Mitigação de Riscos (HMGP, em inglês) e ao programa de subvenção Construindo Infraestrutura e Comunidades Resilientes (BRIC, em inglês).
O programa BRIC disponibiliza subsídios suplementares para governos estaduais, tribais, territoriais e locais, além de organizações privadas sem fins lucrativos, para que as comunidades respondam e se recuperem rapidamente de grandes desastres ou emergências.
Já o HMGP fornece financiamento também para os mesmos entes para que eles possam desenvolver planos de mitigação de riscos e reconstruir de uma forma que reduza ou mitigue futuras perdas por desastres em suas comunidades.
Este financiamento de subvenção está disponível apenas após um desastre declarado presidencialmente.
O anúncio da disponibilidade dos recursos, feito em 30 de janeiro, se alinha com a meta estabelecida pelo Fema neste ano de construir capacidade local para resistir aos perigos dos desastres climáticos.
A iniciativa se tornou possível por conta das regulamentações da Lei de Redução da Inflação (IRA), que contempla política de incentivos para energia limpa e ação climática.
“Esse trabalho incluirá a incorporação de técnicas e tecnologias inteligentes de energia líquida zero ― como módulos solares e bombas de calor ― na reconstrução de infraestruturas críticas, como hospitais e quartéis de bombeiros.
A agenda é a prova de que podemos atender às necessidades de segurança e estabilidade das comunidades locais", disse o secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro N. Mayorkas.
"Depois de um desastre, as comunidades não querem apenas reconstruir. Elas querem infraestrutura que dure e sirva melhor em um futuro que promete mais eventos climáticos extremos alimentados pela crise climática", completou o conselheiro sênior do presidente dos EUA para inovação e implementação de energia limpa, John Podesta, por ocasião do lançamento das novas linhas de financiamento.
Desde 2019, os Estados Unidos experimentaram uma média de 20,4 desastres climáticos por ano, custando mais de US$ 1 bilhão cada.
Para se ter uma ideia da gravidade, na década de 1980 a média anual foi de 3,3 desastres desse tipo. Somente em 2023, houve um recorde de 28 eventos confirmados de desastres climáticos.
Fonte: Fotovolt
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