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EUA boicotam fabricantes chineses acusados de trabalhos forçados

Empresas da região de Xianjiang, responsável por 45% do polissilício do mundo, se beneficiariam de perseguição a minorias étnicas na China.


Como parte de esforços para denunciar e combater a perseguição e o genocídio de uigures, cazaques e outras minorias muçulmanas na China, o governo dos Estados Unidos proibiu transações comerciais com quatro empresas que atuam na cadeia do silício policristalino na região de Xianjiang, onde são produzidos 45% de todo o polissilício utilizado em módulos FV no mundo.

Imagem: Divulgação


Os Estados Unidos acusam as empresas de utilizar trabalhos forçados de prisioneiros dessas etnias perseguidas.



As medidas de restrição envolvem o veto a importações dos produtos à base de sílica da Hoshine Silicon Industry Company, que incluem polissilício e produtos manufaturados. Também foram incluídas na “lista negra econômica”, mas com proibições de exportações de empresas americanas, a Xianjiang Daqo New Energy, a Xianjiang East Hope Nonferrous Metals e a Xinjiang GCL New Energy Material.


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São vetadas também exportações norte-americanas para a Hoshine. Essas medidas restringem exportação, reexportação ou transferência no país de commodities, softwares e tecnologias, nas quais as empresas participem como usuários finais, compradores ou consignados intermediários ou definitivos



Segundo comunicado do governo dos Estados Unidos, a medida se baseia em sérios indícios de que as empresas se beneficiaram diretamente ou aceitaram a prática de trabalhos forçados de integrantes das minorias muçulmanas mantidas em campos de concentração na região de Xianjiang.


Imagem: Divulgação


Já o ministério da Relações Exteriores da China, segundo a agência Reuters, se defendeu das acusações e afirmou que tomará “todas as medidas necessárias para proteger os direitos e interesses de suas empresas, descartando as acusações de genocídio e trabalho forçado em Xianjiang”.



O Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou em um relatório que as empresas e uma força paramilitar chinesa, a XPCC, foram implicadas em violações e na implementação de uma política de repressão, detenção arbitrária em massa, trabalho forçado e vigilância de alta tecnologia contra uigures, cazaques e outros membros de grupos minoritários muçulmanos em Xinjiang.


Imagem: Divulgação


Além do polissilício e de manufaturados com a matéria-prima central de painéis FV, foram identificados trabalhos forçados, em várias partes da China, de produtos de algodão, vestuários e tecidos, sapatos, eletrônicos, luvas, fios e filamentos, e produtos alimentícios.


Fonte: Fotovolt


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