Saiba como a adoção desse tipo de energia limpa pode somar à saúde do meio ambiente e do seu bolso ao mesmo tempo como empresário.
Você sabia que o Brasil ocupa a 9ª colocação no ranking mundial de fonte solar fotovoltaica?
E que São Paulo é o segundo Estado brasileiro maior produtor dessa fonte, sendo São José do Rio Preto, no interior paulista, a 4ª cidade colocada com o maior número de sistemas de geração distribuída instalados no país?
Pois é! Esses dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), respectivamente, e nos trazem a seguinte indagação: energia solar no food service?
Para responder a essa pergunta, a nossa reportagem entrevistou Roberto Zerkowski, atual Diretor-Presidente da GreenYellow Brasil, empresa especializada em eficiência energética, energia solar, comercialização e gestão de energia de origem francesa.
E que tem operações em oito países, com mais de 3 mil projetos de eficiência energética implementados em todo o mundo, sendo mais de 1400 deles no Brasil, onde opera desde 2013.
“A GreenYellow atua hoje em duas modalidades principais com energia solar: a geração distribuída e geração centralizada para venda no mercado livre de energia.
A primeira se aplica a unidades com consumo menor e em baixa tensão, que estão no mercado cativo, ou seja, sua energia é regulada e paga diretamente à concessionária de energia.
Imagem: Divulgação
Por outro lado, a geração centralizada é direcionada a grandes consumidores de energia que podem migrar para o mercado livre, ambiente em que é possível adquirir a energia diretamente dos geradores ou comercializadores de energia.
Nesses cenários, a GreenYellow atua hoje em dia como um parceiro completo em energia solar.
Somos responsáveis por todo o processo da implantação de uma fazenda solar fotovoltaica: desde o desenho técnico-financeiro do projeto, construção da usina, até a operação dela, após sua conexão.
Além disso, independentemente da modalidade, buscamos firmar parcerias de venda de energia de longo prazo em que o investimento inicial e gestão da usina é feito pela GreenYellow.
Nesse modelo, o cliente se beneficia de um custo de energia mais barato, por 10-20 anos, sem ter o investimento inicial e gestão da usina solar”, apresenta.
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Conforme Zerkowski, a adoção desse tipo de energia limpa pode somar e muito à saúde do meio ambiente e do bolso dos empresários do ramo food service.
E tudo isso ao mesmo tempo. “Existem dois benefícios principais: redução do custo de energia e uso de energia limpa, mostrando o compromisso da empresa com políticas sustentáveis.
Um projeto realizado corretamente irá gerar um custo de R$/MWh mais barato do que o valor pago hoje à concessionária de energia, variando entre 15-25% a menos, a depender da região do país e da tarifa atual do cliente.
Além disso, não podemos deixar de mencionar o impacto ambiental. O uso de energia renovável ajuda a reduzir a pegada de carbono das empresas e, em meio ao aumento na adoção das políticas ESG pelas companhias, esse benefício tem se tornado.
Cada vez mais, relevante. Muitas das empresas que atuamos hoje se utilizam de projetos de energia solar como um dos pilares de suas iniciativas sustentáveis.
Assim, atualmente, não enxergamos malefícios, apenas entendemos que há uma barreira de conhecimento sobre o tema e o mercado de energia, o que pode trazer um receio de investimento por certas empresas.
Por isso, somos muito transparentes com nossos clientes e possuímos especialistas que atuam em todo processo de negociação para trazer tranquilidade”, explica.
O Diretor-Presidente da GreenYellow Brasil acrescenta ainda que “a GreenYellow já ajudou muitos players a ingressarem nesse mercado.
Por isso, possuímos know-how para ajudar empresas que ainda não sabem como começar ou avaliar financeiramente os projetos.
Temos um time robusto para avaliação dos consumos das unidades para entendermos qual a melhor modalidade e desenho de parceira que trará maiores ganhos e rentabilidade.
Para nós, a transição energética deve ser real, eficiente e lucrativa para o cliente”, garante.
Como começar a utilizar energia solar o seu negócio?
Sobre como o empresário do ramo de alimentação pode começar a fazer uso de energia solar no seu negócio, Zerkowski esclarece que “o primeiro passo é conhecer o perfil de consumo e modalidade tarifárias de suas unidades, consolidando dados de faturas de pelo menos dois anos, dado que o ano de 2020 foi atípico em função da pandemia de Covid-19.
Com esses dados, empresas como a GreenYellow podem dimensionar e avaliar a viabilidade de implantação de usinas solares para abastecimento das unidades para cada uma das concessionárias de energia.
Hoje, a geração solar se aplica a qualquer varejista, independentemente do tipo de serviço prestado, uma vez que o importante é a modalidade tarifária atual”, ressalta.
Custo de implantação de energia solar no seu negócio
Já em relação aos custos de implantação de energia solar nos estabelecimentos food service, o Diretor-Presidente da GreenYellow enfatiza que “há diversos fatores que impactam o investimento, como o tamanho da usina, uma vez que certos custos podem ser diluídos em função de sua capacidade instalada, como tipo de instalação (fazenda solar ou telhado) e localização.
Hoje, é possível encontrar no mercado diversos players atuando com energia solar. Porém, nem todos possuem a robustez de entregar e operar corretamente a usina de forma a obter a redução de custo e retorno esperados.
Sendo assim, a nossa sugestão é não comparar somente valor total do investimento, mas também o modelo de negócio oferecido, capacidade de operação da usina, o desconto garantido em contrato e o portfólio em operação das empresas”, indica.
Imagem: DIvulgação
Gustavo Nassiff, Engenheiro Eletricista da Energy Brasil, maior rede de energia solar do Brasil com mais de 400 franquias, por sua vez, destaca que o custo depende diretamente do sistema de energia solar escolhido pelo empresário food service.
Inclusive, ele alerta que já se sabe que a energia solar pode economizar até 95% da conta de luz.
Entretanto, o que pouco se fala é que ela pode ser compartilhada. “O compartilhamento permite a utilização do ‘saldo de energia’ não usado no mês para diminuir a conta de luz da outra residência ou comércio”, sinaliza.
Marcelo Macri, Sócio-Diretor da Energy Brasil, enfatiza ainda que a instalação dos painéis solares em residências ou comércios é rápida. “Em média 30 dias entre a compra a instalação.
Além disso, os sistemas não fazem barulho e são 100% confiáveis. O investimento parte de R$ 10 mil para residências (inclusa instalação e os equipamentos) e o retorno é calculado entre quatro e seis anos. Hoje, temos ótimos financiamentos específicos para a energia solar”, pontua.
Ambev tem projeto de energia Solar para Bares e Restaurantes
A Ambev, empresa brasileira dedicada à produção de bebidas e atual maior cervejaria do mundo, desenvolveu em parceria com a Lemon Energia, um projeto exclusivo para bares e restaurantes.
Segundo a assessoria de imprensa da companhia, “desde 2018, estamos acelerando os nossos investimentos nos projetos de sustentabilidade, alinhados às nossas metas para 2025, em energia renovável, redução de emissão de CO2 em toda a cadeia, segurança hídrica, agricultura sustentável e economia circular.
Pensando na nossa matriz energética, temos um projeto para abastecer 100% dos nossos Centros de Distribuição com energia renovável (serão 43 usinas solares em operação, em diferentes Estados).
Com esse projeto interno endereçado, passamos a buscar soluções para nosso ecossistema de bares e restaurantes.
E, em 2020, firmamos uma parceria com a Lemon Energia, que permite que bares e restaurantes integrantes da nossa base possam comprar energia renovável de miniprodutores e sem a necessidade de obras ou recursos externos.
Assim, eles se conectam à geradores de energia renovável e passam a receber créditos de energia renovável, além de reduzir seus custos com eletricidade”, informa.
Atualmente, esse projeto da Ambev, em parceria com a Lemon Energia, tem atuação focada apenas nos Estados de Minas Gerais e Pernambuco.
No entanto, a assessoria revela que há planos de estender a ação sustentável para outras localidades.
“A Lemon está atuando em Minas Gerais e Pernambuco, mas ainda este ano deve chegar no Estado de São Paulo.
Já temos cerca de 1.000 bares e restaurantes conectados e recebendo energia renovável e mais barata.
Até 2023, a gente espera que mais de 50 mil estabelecimentos possam aderir à iniciativa, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões aos nossos clientes, bares e restaurantes, com redução nos custos de eletricidade.
Após o projeto piloto realizado em Minas Gerais, enxergamos um grande potencial nessa frente e decidimos investir na Lemon, por meio da Z-Tech, hub de inovação da companhia.
A escolha pelo mercado de food service foi natural, pois essa é a nossa grande base de clientes e parceiros e, visando atender nossas metas de sustentabilidade e fortalecer os pequenos negócios, fez todo o sentido.
Nosso papel nesse modelo é ser um grande agente catalisador no contato entre nossos pontos de vendas e a Lemon, utilizando a força de nosso ecossistema, potencializando os nossos esforços para incentivar o uso de energia renovável.
Os donos de bares e restaurantes que aderem ao serviço não precisam investir em equipamentos ou outros recursos para ter acesso à energia renovável e ainda têm o benefício de uma conta de luz mais barata.
Essa solução traz mais equilíbrio financeiro aos estabelecimentos, essencial para os pequenos negócios, além de ser uma opção sustentável de energia, que contribui com o meio ambiente”, detalha.
Fonte: redefoodservice
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