Energia solar gera créditos de carbono? Investimentos na produção de energia limpa podem ser a saída para os países que estão apostando na neutralização de carbono de suas economias e em mais sustentabilidade
Imagem: Divulgação
Hoje, grande parte das nossas atividades diárias são responsáveis pela produção e emissão de gases de efeito estufa.
Mas algumas atitudes podem ajudar a reduzir esses efeitos e promover maior sustentabilidade.
Uma das saídas é investir em uma neutralização do carbono, ou “descarbonização”, por meio da produção de energia renovável.
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Ou seja, substituir a eletricidade gerada em usinas térmicas, movidas a combustíveis fósseis, por fontes renováveis, como a energia solar, por exemplo.
Uma pesquisa realizada pela Agência Internacional de Energia (AIE) em maio deste ano mostrou que será preciso acrescentar 630 gigawatts (GW) de nova capacidade solar fotovoltaica por ano até 2030 para alcançar as metas de descarbonização e um sistema de energia livre de emissões.
E aponta que as fontes renováveis são imprescindíveis para diminuir as emissões, porém, é preciso que a capacidade instalada aumente de forma significativa.
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O estudo indica ainda que, até 2050, as renováveis precisarão representar 88% da matriz global e que, aproximadamente, 240 milhões de residências irão necessitar de sistemas de geração fotovoltaica.
Para a Agência Internacional de Energia, esse fato mostra que os governos precisam aumentar os investimentos na produção de energia limpa e olhar com mais atenção para a energia solar, para tornar seus estados mais sustentáveis no presente e para as gerações futuras.
Energia solar é o caminho para diminuir impacto no meio ambiente
Além de ser uma fonte limpa e renovável, a energia solar ocupa pouco espaço e permite a instalação em lugares diversos, mesmo os mais remotos, além de a necessidade de manutenção ser pequena.
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Sistemas fotovoltaicos convertem a luz solar em eletricidade e podem ser instalados em telhados para produzir a energia.
A energia solar fotovoltaica também é utilizada em fábricas, indústrias, pequenos negócios e até na agricultura. E pode gerar energia limpa para milhares de consumidores.
Essas vantagens proporcionam aos consumidores a manutenção de seus processos de geração de energia com sustentabilidade.
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E isso tudo sem falar na economia na conta de luz, que pode ficar até 95% mais barata.
Protocolo de Kyoto e os créditos de carbono
Com o Protocolo de Kyoto surgiu o conceito de crédito de carbono, um mercado de créditos gerados com base na não emissão de gases de efeito estufa à atmosfera, podendo ser comercializados entre os países.
Ratificado em 1999 e em vigor desde 2005, o acordo internacional estabeleceu que, entre 2008 e 2012, os países desenvolvidos deveriam reduzir 5,2% (em média) das emissões de gases que agravam o efeito estufa em relação aos níveis medidos em 1990.
O tratado também definiu quantidade e prazo para as nações desenvolvidas e flexibilizou o período para os Estados em desenvolvimento.
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Os créditos de carbono são uma forma de comercialização baseada na redução das emissões de gases do efeito estufa.
A cada uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (t CO2e) não emitida, gera-se um crédito para o país.
Assim, quando uma nação consegue reduzir a emissão dessa tonelada, ela recebe uma certificação emitida pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), ou seja, recebe os créditos que estarão disponíveis para serem comercializados com os países que não alcançaram suas metas.
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Sendo assim, quanto mais forem reduzidas as emissões em toneladas de CO2 equivalente por um país, maior será a quantidade de créditos de carbono disponível para a comercialização com os países que têm metas a cumprir.
Com a entrada do Acordo de Paris, em 2015, ficou estabelecido que as metas e compras de redução de emissões são todas definidas de maneira doméstica, ou seja, cada país define o quanto quer reduzir, como e de quem quer comprar os créditos de carbono.
Fonte: G1
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