Especialistas destacam a importância da diversificação da matriz elétrica brasileira por meio de fontes sustentáveis
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Atualmente, o Brasil passa pela maior crise hídrica dos últimos 91 anos, com níveis críticos de reserva de água em seus reservatórios. Em meio a este cenário, autoridades estão discutindo entre ter apagões ou um racionamento de energia – como o que aconteceu em 2001.
Situação, esta, que prejudica o país e muito no que se refere a conta de eletricidade. As usinas termelétricas, por exemplo, que usam gás e óleo e têm, portanto, geração mais cara, estão acionadas.
Para se ter uma ideia, desde o dia 1º de junho, o acionamento da bandeira vermelha, no patamar 2, representava R$ 6,24 a cada 100 kWh. No entanto, a partir deste mês, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu que a tarifa extra na conta de luz passaria para R$ 9,49 por 100 kWh, o que representou um aumento de 52%.
Entre as justificativas por trás desta situação, que já afeta a inflação e ameaça o crescimento econômico, estão a falta de chuva. Hoje, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia do país, estão com apenas 30,2% de sua capacidade.
Em alguns deles, o índice encontra-se até abaixo dos 11%. É o caso dos reservatórios de São Simão, Itumbiara, Marimbondo e Água Vermelha.
Sendo assim, o que pode ser feito para ajudar a solucionar este problema? Na visão de Tiago Sarneski, sócio e proprietário da Entec Solar, a energia solar fotovoltaica se mostra como uma alternativa eficaz frente à crise.
“O momento é bem oportuno para tratar do assunto por várias razões: a primeira delas é o risco de apagão, seguida pela economia de dinheiro no bolso do brasileiro. Depois, porque está para ser analisado no Congresso Nacional o Projeto de Lei 5829, que instituirá o marco legal da geração distribuída no país, democratizando o acesso à solar”, destacou.
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Ademais, o executivo enalteceu as vantagens da energia fotovoltaica, como o baixo impacto ambiental, instalação simples, irrelevante custo em relação ao tempo de vida útil (mais de 25 anos) e o fato de poder ser utilizada como substituta da energia elétrica convencional.
“Inclusive, atingindo a marca de 9 GW, essa fonte sustentável está superior hoje a toda soma da capacidade de termelétricas a carvão e, até mesmo, das usinas nucleares, que representam 5,6 GW”, concluiu Sarneski.
Para o engenheiro Roberto Caurim, CEO da Bluesun, os baixos níveis das hidrelétricas e o reajuste da ANEEL para bandeira vermelha 2 mostram também a importância e a urgência em se obter e em facilitar a ampliação das matrizes energéticas no Brasil.
“Quanto mais opções de fontes renováveis adicionarmos, maior será a nossa diversificação, e a energia fotovoltaica já demonstra ser estável, suprindo a demanda brasileira”, disse Caurim.
“A solar é uma fonte altamente rentável, renovável e constante. Com apenas 1% de matriz elétrica do país, fornece o equivalente a 40% da usina de Itaipu. Nesse sentido, vemos a importância da mesma, já que, se todos desligassem ao mesmo tempo os sistemas fotovoltaicos, certamente provocaria um enorme impacto no sistema elétrico brasileiro”, finalizou.
Fonte: Canal Solar
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