Kinsol é especializada na venda de equipamentos produzidos pela indústria brasileira Weg; projeção é fechar o ano com 100 unidades
Quando a pandemia chegou, o empreendedor Maurício Crivelin, sócio da Kinsol, empresa especializada em venda de energia solar, se preparou para o pior cenário: ele reorganizou a empresa e reduziu drasticamente os custos com processos e mão de obra.
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Com o que ele não contava era que o ano, apesar de todas as intempéries econômicas, seria o melhor que ele teve à frente da empresa até então.
A Kinsol faturou R$ 6,7 milhões no ano passado, três vezes mais do que em 2019. Crivelin atribui o resultado à própria reorganização e à maior demanda do mercado por alternativas de geração de enegia.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o avanço do setor em 2020 foi de 60%.
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Crivelin adquiriu a Kinsol em 2018, em sociedade com o empreendedor Ney Pereira, que deixou o negócio no meio do ano passado.
A empresa iniciou o processo de expansão por franquias há cerca de seis meses e já tem mais de 40 unidades.
A formatação ocorreu ao longo do ano passado, após os sócios perceberem que o negócio tinha ficado enxuto e rentável.
Crivelin chamou Ronaldo Vieira, com quem já havia trabalhado em franquias havia cerca de 13 anos, para ajudá-lo na missão.
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A ideia era escalar o negócio com agilidade para aproveitar a nova onda que começava a se desenhar em um horizonte (bem) próximo.
Geração de energia a partir de fontes renováveis tem sido uma pauta recorrente nos negócios já há alguns anos.
Agora há potencial para que debate seja ampliado: o país acabou de alçancar a marca de 700 mil consumidores com geração própria de energia solar, de acordo com a Absolar.
Nessa semana, a Câmara dos Deputados lançou um Projeto de Lei que garante o subsídio atual para os consumidores até 2045.
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Apesar do número significativo de usuários, o montante ainda representa só 0,8% dos consumidores de eletricidade no país, segundo estimativa da Absolar.
Residências estão no topo da lista, com 75%. A distribuição é bem difundida: 5.083 municípios contam com geração própria de energia solar: Cuiabá (MT), Brasília (DF), Teresina (PI) e Uberlândia (MG) lideram.
Crivelin conta que começou a enxergar esse potencial durante o tempo em que morou nos Estados Unidos.
Aqui no Brasil, ele foi franqueado de uma rede de educação e teve sua própria franqueadora de locação de contêineres, da qual saiu em 2017 para investir no novo setor.
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“Eu me preparei para sair dessa operação, queria um desafio novo e tinha conhecido o mercado de energia solar quando morei fora”, diz.
Nos primeiros anos de empresa, os dois tinham apenas a unidade própria na região do Triângulo Mineiro.
Quando formataram para franquias, sabiam que teriam concorrência e grandes desafios pela frente.
Redes como Solarprime, Energy Brasil e Blue Sol já disputam consumidores interessados na geração de energia solar.
A Kinsol afirma que ser parceira oficial da fábrica Weg e dispensar ponto de venda físico ou delimitação territorial seriam as suas principais ferramentas para entrar em campo.
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O investimento inicial para ter uma unidade da Kinsol parte de R$ 20 mil, com atuação home based.
O franqueado é responsável pela captação de clientes e pelo acompanhamento da instalação dos equipamentos.
Não há cobrança de royalties mensais, e o faturamento do franqueado corresponde a 10% de cada venda realizada.
Crivelin afirma que o formato não é representação comercial, e sim modelo de franquia, pois o empreendedor é dono do negócio, recebe transferência de know-how, tem o próprio sistema, processos e, em alguns casos, faz a instalação.
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“Nossa preocupação foi fazer com que o franqueado seja amparado pelo suporte, com treinamentos, integração e rentabilidade do negócio.”
Vieira diz que como os dois já foram franqueados, a visão na concepção do negócio foi de trazer rentabilidade para as unidades.
Essa é a razão, de acordo com ele, para a marca não ter delimitação territorial:
O franqueado pode prospectar clientes em todo o país, trabalhando o próprio networking.
Os sócios enxergam o aumento na conta de energia elétrica como uma oportunidade para que o serviço se torne ainda mais popular.
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“Hoje temos tido uma procura espontânea maior do que tínhamos no passado.” Vieira acrescenta que segmentos menos impactados na pandemia se destacaram na busca, como supermercados, distribuidores de bebidas e clínicas.
Eles pretendem avançar no segmento empresarial, mas, hoje, 60% do faturamento da Kinsol vêm de vendas para casas, prédios residenciais e condomínios de alto padrão.
Com essa visão, e de olho no andamento do Projeto de Lei, aliado à crise hídrica, que pode estimular mais empresas a repensar o consumo de energia, a meta dos sócíos é fechar 2021 com 100 franqueados e ultrapassar R$ 52 milhões em faturamento.
Fonte: revistapegn.globo.
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