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Empresa brasileira cria película que gera energia e pode ser aplicada em janelas e fachadas

A busca por fontes de energia sustentáveis tem movimentado o setor civil mundial. E o Brasil não está fora dessa corrida. Durante o 2° Fórum da Inovação na Construção Civil, que aconteceu em Porto Alegre no dia 4 de julho,  foi apresentada uma novidade que está revolucionando, desde 2017, o mercado de prédios verdes. Modelo de "árvore" geradora de energia que fica em frente ao Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

O filme fotovoltaico orgânico é uma alternativa para a geração de energia solar. Foto: Divulgação Criada pela empresa mineira Sunew, uma espécie de lâmina leve, resistente, fina e extremamente maleável produz energia elétrica por meio da luz solar.

Lâmina aplicada em fachada. Foto: Divulgação Identificadas como filme fotovoltaico orgânico (OPV, na sigla em inglês), essas folhas são feitas com materiais recicláveis e não tóxicos. Cada lâmina é composta por cinco nano folhas de polímeros (cadeias longas de carbono, hidrogênio e oxigênio) sintetizados em laboratório. Por fim, este material é impresso em rolo plástico, como uma bobina de papel.

Geralmente, o suporte mais popular de geração de energia solar são as placas, que chegam a pesar 25 quilos. Os filmes fabricados pela empresa mineira ficam na faixa de 300 gramas por metro quadrado, têm 0,3 milímetros de espessura e podem ser colocados em estruturas curvas. O grande trunfo da tecnologia é o ganho ambiental, explica o diretor de novos negócios da Sunew, Filipe Ivo. “A vantagem é que chegam a liberar 20 vezes menos carbono no ambiente quando comparadas com os painéis solares tradicionais, porque usamos materiais sintéticos na fabricação”, aponta.

Modelo de "árvore" geradora de energia que fica em frente ao Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação A tecnologia é mais versátil e em sintonia com as atuais tendências arquitetônicas. Em São Paulo, por exemplo, prédios que priorizam a vista externa estão em alta na construção civil. Assim, as janelas ganham importância nos edifícios, mas acabam não tendo outra função, além da estética. Com a chegada dos filmes, os vidros podem ser adesivados ou fabricados com a tecnologia aplicada na estrutura. Além de gerar energia, o OPV proporciona conforto térmico, economia no sistema de refrigeração e controle de luminosidade ao bloquear 99% dos raio infravermelhos e 95% dos ultravioletas.

O OPV pode ser utilizado também em mobiliários urbanos, como paradas de ônibus e bicicletários. No Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, pode ser visto por meio da OPTree, um mobiliário com formato de árvore que capta luz solar e a transforma em energia elétrica, o que possibilita o carregamento de celulares de modo independente e sustentável. Atualmente, a novidade é encontrada em grandes prédios e shoppings. Como a demanda é pequena, o preço de instalação ainda é alto. Um metro quadrado de OPV custa cerca de R$ 1 mil. Para se ter uma ideia, uma casa com dois moradores gasta, em média, 100 KW/h por mês, o que gera uma conta de luz em torno de R$ 82. Caso fosse instalado OPV, o custo seria de aproximadamente R$ 12 mil para gerar a mesma quantidade de energia.

Ou seja, seriam necessários cerca de 12 anos para recuperar o valor investido. Essa conta espanta interessados no uso residencial, mas o futuro é promissor, acredita Ivo. “Assim que o OPV se tornar mais popular, os preços vão baixar e o produto chegará às pessoas. Esperamos que isso aconteça em até quatro ano”, sinaliza. Fonte: Por RBS, por Iarema Sorares Quer ficar bem informado(a) sobre nossos informativos, e interagir com a gente? Cadastre-se grátis e esteja sempre por dentro de todos os nossos conteúdos www.energiasolarshop.com.br


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