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Distribuidoras represam 1 GW em projetos de GD solar

Projetos teriam sido cancelados por provocarem inversão de fluxo de potência. Absolar contesta e considera ações como “boicote deliberado”.

Levantamento da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica aponta que há aproximadamente 1 GW em projetos de geração distribuída represados pelas distribuidoras de energia no País, em um total de mais de 3.100 pedidos de conexão cancelados e suspensos.


Imagem: Divulgação


O mapeamento da Absolar foi realizado por meio de consulta a 715 empresas integradoras de instalações solares fotovoltaicas durante o período de 14 de julho até o início de agosto deste ano.


Segundo cálculos da associação, que considera o represamento de projetos como “boicote deliberado das distribuidoras”, os cancelamentos e suspensões causam prejuízos superiores a R$ 3 bilhões.


Segundo a pesquisa, as distribuidoras com maior quantidade de projetos nessa condição são a Cemig, de Minas Gerais, a CPFL Paulista, no interior do estado de São Paulo, a RGE, no Rio Grande do Sul, a Coelba, na Bahia, e a Elektro, em parte do território paulista e no Mato Grosso do Sul.


As alegações principais das distribuidoras para as suspensões dos projetos são relacionadas a possíveis incapacidades para receber em suas redes a energia injetada pelos novos sistemas, sob risco de eventuais inversões de fluxo de potência em subestações.


Essa também seria a razão de muitas concessionárias só admitirem a possibilidade de injeção de energia solar durante o período da noite, o que evidentemente inviabiliza os projetos.


Na análise da Absolar, as alegações não têm comprovação técnica e também não observam as exigências da regulação.


Para a vice-presidente de geração distribuída da Absolar, Bárbara Rubim, as distribuidoras não apresentam estudos e análises técnicas para comprovar a situação da rede, o que torna a argumentação frágil.


“Algumas análises disponibilizadas pelas distribuidoras são tão absurdas que constituem mero documento copiado e colado, enviado de forma idêntica a projetos completamente distintos e em localidades diferentes”, afirma.


Segundo Rubim, a associação está realizando reuniões com membros da Agência Nacional de Energia Elétrica, do Operador Nacional do Sistema Elétrico e do Ministério de Minas e Energia para tentar resolver o problema.


“Vamos, inclusive, apresentar um relatório completo dessa pesquisa a todas essas autoridades”, diz.


Fonte: Fotovolt



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