Com capacidade de 10,54 MW, microrrede vai economizar 12 milhões de kWh por ano.
Um datacenter na China, o Tencent Tianjin High-Tech Cloud Data Center, em Tianjin, implantou um projeto de microrrede com energia solar fotovoltaica de geração distribuída, conectada à rede, e com armazenamento de baterias.
Imagem: Divulgação
O sistema, com capacidade instalada de 10,54 MW, fará a central de processamento de dados economizar 12 milhões de kWh por ano.
Atividade que já responde por 2% da energia elétrica do mundo (460 TWh em 2022), segundo levantamento da Agência Internacional de Energia, o processamento e armazenamento de dados digitais leva as empresas a buscarem soluções de economia e eficiência, como a adotada pelo datacenter chinês, que antes dos investimentos em energia solar comprava apenas energia da rede pública.
Segundo o grupo chinês, que tem outros datacenters pelo país asiático, nos últimos anos foram instalados módulos solares fotovoltaicos nos telhados de todas as suas instalações.
Por conta do programa, a nova capacidade de energia instalada da Tencent apenas em 2023 ultrapassou 32 MW, o dobro do instalado em 2022.
Isso fez a capacidade total ultrapassar os 50 MW, incluindo a nova usina em Tianjin, gerando ao todo 60 milhões de kWh anuais.
Para conectar as fontes de energia solar à operação dos datacenters, que precisa ser ininterrupta, a empresa precisou fazer adaptações de engenharia.
Os servidores das centrais precisam de fonte de alimentação estável para lidar com tarefas críticas e operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, impossível para a fonte solar, que é intermitente.
Para isso, a empresa atuou em três frentes. A primeira foi ter fluxo de energia suave, com uso de técnicas de filtragem e supressão no datacenter de Tianjin, para tornar a energia solar mais consistente.
A segunda frente foi o armazenamento de energia, que armazena o excesso de eletricidade para fornecer energia de backup durante emergências e para responder à flutuação dos preços da eletricidade, usando a energia armazenada durante os períodos de pico de demanda.
Por fim, revela a empresa, foi preciso investir em gerenciamento, com monitoramento online das operações fotovoltaicas e de armazenamento, prevendo as necessidades de eletricidade com base no clima e no uso e até mesmo para oferecer recomendações de economia de energia.
O sistema de gerenciamento em Tianjin conta com inteligência artificial e aprendizado de máquina, o que permite processar dados de energia e prever a demanda e a geração futura.
Fonte: Fotovolt
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