A Cemig SIM, empresa do Grupo Cemig, vai receber aportes de cerca de R$ 1 bilhão até o ano de 2025. O montante tem como objetivo o investimento em novos projetos ligados às fazendas solares, inclusive explorando novas regiões do Estado, e “às oportunidades de aquisição de ativos que alavanquem a oferta”, segundo a organização.
Foto: Energia Hoje Com a demanda aquecida por energia solar, a Cemig SIM quer ampliar a atuação nas áreas residencial e comercial | Crédito: Divulgação As expectativas são de expansão da capacidade instalada para 275 MWp, além da ampliação da atuação no mercado, atingindo um market share de aproximadamente 30%, com Lajida em R$ 170 milhões por ano. Atualmente, a empresa conta com um parque de 11 fazendas solares já em operação e espera, ainda para este primeiro semestre, a entrada de mais sete. “O planejamento estratégico da Cemig prevê esse investimento de R$ 1 bilhão no negócio de geração distribuída, que acontece através da Cemig SIM. Ou seja, a Cemig poderá fazer esse aporte de R$ 1 bilhão na Cemig SIM para que isso ocorra. Contudo, nós vamos buscar uma estrutura ótima de capital, ou seja, não necessariamente será com recursos próprios. Pode-se fazer algum tipo de alavancagem que rentabilize e otimize os resultados”, diz o diretor de desenvolvimento de negócios e finanças da Cemig. Campos conta, inclusive, que a Cemig SIM está buscando investimentos e potenciais parceiros para investir em geração distribuída dentro de um modelo de negócio isonômico. Mercado em expansão Os aportes chegam em um momento de forte demanda, conforme salienta o diretor de desenvolvimento de negócios e finanças da Cemig SIM. Essa demanda, destaca ele, é impulsionada por fatores como a economia. “Temos uma demanda cada vez maior. É um produto que, apesar de novo, foi muito bem aceito pelo mercado. São milhares de clientes já fazendo uso desse serviço prestado pela Cemig SIM. A demanda tem sido cada vez maior e não por acaso nós lançamos agora no mês de abril um produto residencial que também é foco do nosso avanço comercial”, afirma ele. Campos salienta que é oferecido um desconto na tarifa de energia para o cliente sem que ele faça qualquer tipo de investimento. “É difícil falar ‘não’, porque realmente é um desconto que na prática ele acontece mensalmente para o cliente em relação à conta que ele tem de energia”, diz. Além disso, afirma ele, a questão da sustentabilidade é um dos pilares tanto do grupo Cemig quanto da Cemig SIM. “Nós trabalhamos com uma geração de energia limpa através de usinas solares. Esse certamente é um dos motivadores que nos fazem seguir nessa direção”, diz ele, que destaca ainda que as empresas têm buscado alternativas sustentáveis.
Cemig SIM por Minas Gerais
Nos últimos dois anos, houve um investimento muito grande principalmente na região Norte de Minas e no Jequitinhonha, por conta da incidência solar. No entanto, segundo Campos, hoje já há uma redução da oferta de espaço. Dessa forma, além desses locais, outros também deverão receber investimentos.
“Certamente irão ocorrer investimentos em outras regiões do Estado, tais como Sul, Centro-Oeste e até metropolitana”, afirma.
País passa a figurar entre maiores investidores do setor
São Paulo – O Brasil entrou na lista dos dez países que mais instalaram sistemas de energia solar no mundo em 2020, mesmo com impactos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado do setor, mostraram ontem dados da Agência Internacional de Energia (IEA) compilados pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).
O maior país da América Latina registrou 3,15 gigawatts (GW) em novos empreendimentos de geração solar ao longo do ano passado e alcançou, com isso, a nona colocação do ranking global, liderado por China, Estados Unidos, Vietnã, Japão e Alemanha.
O desempenho, que levou o Brasil a superar a Holanda, foi o melhor já atingido pelo País, que havia entrado no seleto “top 10” do setor antes apenas em 2017, quando ficou na 10ª colocação. Em 2019, o País esteve em 12° lugar.
Questionada sobre projeções para 2021, a Absolar não quis fazer uma estimativa específica, mas disse que “a expectativa é de subir no ranking”, dado o momento aquecido da indústria solar no País.
A entidade calculou que o setor solar movimentou cerca de R$ 15,9 bilhões em investimentos locais em 2020, enquanto para este ano as projeções apontam para aportes ainda maiores, estimados em R$ 22,6 bilhões.
Os fortes números vieram mesmo com o setor também sofrendo efeitos negativos da pandemia global de Covid-19, que teve o Brasil como um dos países mais atingidos.
As importações de equipamentos solares por empresas no Brasil despencaram a partir de abril, sob impacto de medidas de isolamento decretadas por prefeituras e governos para tentar conter a disseminação do vírus, mas voltaram a crescer no segundo semestre.
Segundo a Absolar, cerca de 80% das instalações fotovoltaicas no Brasil em 2020 foram de sistemas menores, conhecidos como geração distribuída, que geralmente envolvem placas solares em telhados para atendimento à demanda de consumidores residenciais ou empresas.
Também chamadas pela sigla “GD”, essas instalações somaram 2,5 GW em capacidade no País no ano passado, contra quase 617 megawatts de usinas de geração centralizada, de maior porte.
Neste ano, somados esses dois mercados, a expansão de capacidade poderia atingir 4,9 gigawatts, quase 56% superior à vista em 2020, segundo projeções da Absolar.
O crescimento deverá ser novamente puxado pelas instalações de geração distribuída, com aumento de 3,9 GW, enquanto grandes usinas somariam 1,1 GW.
Apesar do ritmo de expansão acelerado, a fonte ainda tem participação pequena na matriz elétrica do Brasil – usinas solares de grande porte respondem por menos de 2% da capacidade instalada atual, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Mas a tecnologia tem avançado rapidamente nos últimos anos, principalmente com impulso dos sistemas de geração distribuída, que foram em 2020 os com maior crescimento entre todas as fontes de energia no Brasil em 2020.
Fonte: diariodocomercio
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