Segundo associação do setor, Brasil ultrapassou a marca de meio milhão de conexões de geração própria de energia
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Se por um lado a tarifa da energia tradicional tem batido recordes no Brasil devido à escassez de chuvas e aumento de demanda, a matriz solar pode ser um caminho promissor e bem mais econômico.
A longo prazo, para amenizar o rombo no bolso e, de quebra, contribuir para amenizar a crise climática, bem como os impactos da poluição por combustíveis fósseis no mundo.
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Segundo levantamento da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar), o país ultrapassou, recentemente, a marca de meio milhão de conexões de geração própria de energia a partir da fonte solar fotovoltaica.
Para efeito de comparação, na Europa, cerca de 5% da demanda energética já é coberta por instalações fotovoltaicas, graças a iniciativas de governos e startups inovadoras.
Desde 2012, a modalidade instalou cerca de 5,8 GW (gigawatts) de potência operacional. Em 2018, quando o país atingiu 1 GW segundo a associação, essa potência já era capaz de abastecer 500 mil casas.
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Apenas em 2020, a geração distribuída solar foi responsável por investimentos de R$ 11 bilhões no Brasil em pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, gerando 74 mil novos empregos, mesmo durante a pandemia.
Embora a implantação não seja barata, o especialista no assunto, Rodrigo Freire, da statartup Holu, destaca que as placas solares garantem uma redução de até 95% na conta de luz desde o primeiro momento após a instalação e a homologação pela distribuidora.
Uma rápida pesquisa online com empresas especializadas na instalação de placas solares indica que, para uma família com quatro pessoas e uma casa pequena, os preços para a colocação do sistema podem variar entre R$ 15 mil e R$ 20 mil.
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"O investimento necessário para a instalação acaba sendo pago dentro de alguns anos pelo dinheiro economizado com a redução de gastos na conta mensal, sendo que a partir daí o usuário ainda terá pelo menos 20 anos de energia limpa sem qualquer custo adicional", afirma.
Freire cita estudo do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley (EUA), o qual atesta que, por ser um investimento inteligente e que gera economia durante toda a sua vida útil, a energia solar (ou geração distribuída) contribui para a valorização do imóvel entre 4% e 6%.
Além disso, especialistas no setor dizem que a energia solar fotovoltaica é uma das melhores alternativas para regiões isoladas onde não há rede elétrica ou que utilizem geradores a diesel ou óleo combustível por ter instalação simples e baixo custo em relação ao tempo de vida útil.
"Parte da grande vida útil de sistemas de energia solar é fruto de sua resistência significativa aos danos causados pela ação da natureza, tais como chuvas, ventos ou até mesmo granizo", ressalta Freire.
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Vale frisar que a limpeza do sistema pode ser feita pelo próprio usuário/proprietário das placas solares, uma vez por ano, com uma mangueira e um pano.
Projeto de lei
Tramita na Câmara um projeto de lei que pretende estabelecer um marco legal para a comercialização da energia solar. A matéria é relatada pelo deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), que defende que o PL vai democratizar o acesso à matriz.
"Temos que acabar com o Robin Hood às avessas, pois hoje apenas os mais ricos têm acesso à energia mais barata, que é a solar", disse o parlamentar, no mês passado.
O texto seria uma solução a uma possível revisão da resolução 482/12 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que poderia tirar isenções sem trazer novas possibilidades ao consumidor de baixa renda. A possibilidade foi chamada de "taxa do sol" e é criticada pelo presidente Jair Bolsonaro.
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Apesar de os produtores/consumidores de energia solar passarem a pagar pelo uso da rede de distribuição - hoje são isentos - o texto irá facilitar o acesso por permitir que consumidores possam usar a energia solar por meio de "fazendas solares", uma nova modalidade de geração distribuída. Também estão previstas isenções de impostos que incidem na conta de luz.
Os deputados, porém, não chegaram a um consenso que permita o incentivo à geração de energias renováveis por parte dos próprios consumidores sem aumentar a conta de luz para o restante da população.
Na semana passada, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara marcou audiência pública para agosto.
De acordo com o relator, a previsão de aportes no setor para 2021 é de R$ 16,7 bilhões. E estima-se que, até 2032, a geração distribuída trará uma economia de R$ 13,8 bilhões para todos os consumidores de energia.
Fonte: recordtv.r7
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