O setor de energia solar cresce, e muito, mesmo durante a crise. A produção de energia solar distribuída, aquela que é feita por pequenos produtores para o consumo próprio, mais do que dobrou nos dez primeiros meses deste ano, em relação a tudo que foi instalado nos últimos oito anos.
Imagem: Divulgação
A produção fotovoltaica centralizada, que é feita por grandes empresas do setor, responde por mais de 3 gigawatts, e também cresce: a estatal Furnas fez um leilão de compra de 1 gigawatt, que será produzido em parques solares de outras empresas a partir de 2024, por um período de 15 anos.
De acordo com a Aneel, foram feitas 31.896 novas conexões de micro e minigeradores à rede até o final de junho deste ano, quase o total de instalações realizadas no ano passado, que foi de 35.139 sistemas. Em investimentos, o volume já se aproxima dos R$ 4 bilhões movimentados pelo mercado de energia solar distribuída em 2018, segundo informou o estudo da empresa Grenner, referente ao 1º semestre do segmento em 2019.
Diversos fatores podem ser apontados para este aumento significativo no número de instalações. Um deles é a maior oferta de linhas de financiamentos em energia solar por bancos públicos e privados. Com taxas e prazos bem atrativos, essas linhas de crédito têm permitido a mais consumidores gerarem a própria energia, em especial empresas, sendo a forma de pagamento escolhida por 39,6% delas, de acordo com o estudo da Grenner.
Imagem: Divulgação
Para os especialistas, a queda de 12% nos custos dos kits de energia solar refletida no primeiro semestre e, por outro lado, o alto preço da energia no Brasil têm contribuído para que milhares de consumidores optem pela energia solar em sua casa ou empresa.
As distribuidoras, que a cada ano perdem mais receita devido aos novos “prosumidores”, estão insatisfeitas e já pressionam a Aneel para que altere as regras do segmento. Essas possíveis mudanças, embora não sejam o fim das vantagens na instalação de placas solares, poderão aumentar o prazo de retorno sobre o investimento em energia solar.
Enquanto o setor aguarda por uma posição da agência, consumidores correm para garantir seu sistema ainda sobre as regras atuais da Resolução Normativa 482. Diante desse cenário, segundo as projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o mercado de energia solar fotovoltaica deve atingir R$ 5,2 bilhões de investimentos neste ano, gerando cerca de 15 mil empregos.
Fonte: tvbrasil
Comments