Com quatro frentes de estudo, o projeto de P&D para armazenamento de energia visa aumentar a participação de fontes renováveis, garantir estabilidade e reduzir custos

Imagem: Divulgação
Iniciado em 2017, o projeto de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de armazenamento de energia da ENGIE visa testar soluções em diferentes escalas para garantir maior estabilidade na energia intermitente, além de reduzir custos e ampliar o uso de fontes renováveis.
De acordo com o gerente de Estratégia e Inovação da empresa, Marcelo Schultz, o projeto é desenvolvido em quatro áreas diferentes.
“A primeira delas é de grande escala, que vamos testar junto ao conjunto eólico, no complexo termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo (SC)”, explica.
Nesse caso, segundo o executivo, o intuito é analisar como o uso de baterias garante a estabilidade das gerações eólica e solar, assegurando o fornecimento de energia nos picos de consumo ou de geração.

Imagem: Divulgação
Além disso, existe também um aspecto comercial, pois as baterias permitem o armazenamento de energia em momentos em que ela está com melhor preço.
Armazenamento de Energia em várias escalas
Nas outras três áreas diferentes de estudo, há parceria da ENGIE com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Uma delas é voltada a grandes clientes, como indústrias ou supermercados, que consomem energia em maior escala.

Imagem: Divulgação
Os testes estão sendo realizados no laboratório de energia fotovoltaica da UFSC.
Outra frente de estudos é o uso de baterias na mobilidade elétrica.
“A UFSC tem uma linha de ônibus elétricos, que circulam entre os campus.
Neste caso, estamos avaliando diferentes tipos de bateria e os benefícios que elas podem trazer para o setor de transporte”, destaca.
Por fim, a quarta frente de estudos do projeto de P&D da ENGIE é direcionada ao consumo residencial.
Para tanto, foram selecionadas cinco residências, que já tinham painéis fotovoltaicos para geração solar.
Elas receberam baterias, de porte residencial, para teste de armazenamento da energia gerada em seus telhados.
Com o desenvolvimento das quatro frentes do projeto, a ENGIE pretende analisar desde aspectos técnicos das instalações e vida útil das baterias até a integração da geração por fontes intermitentes solar e eólica.
“O P&D não foca nas baterias, mas sim em sua inserção no mercado elétrico brasileiro”, conclui.
Fonte: alemdaenergia