Nessa semana, a ordem executiva que impulsiona a produção de fontes poluentes no país, a produção elétrica por fontes de energia limpa e renovável continuará crescendo, no mínimo, pelos próximos três anos.
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O presidente americano não perdeu tempo. Conforme vinha anunciando desde a sua campanha eleitoral, que não acredita nas mudanças climáticas, deu o primeiro passo para impulsionar a produção elétrica americana a partir de fontes poluentes.
A ordem executiva que retira os limites de emissão de gases do efeito estufa estabelecidos para as usinas elétricas de carvão, petróleo e gás natural, criados no Plano de Energia Limpa (Clean Power Plan, em inglês) .
Com isso, praticamente acaba com as chances dos EUA alcançarem as suas metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris, firmado pelos países que compõem as nações unidas.
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Porém, mesmo com essas ações o setores de energia Solar e eólico dos EUA continuarão crescendo, conforme apontam especialistas, os quais alegam que anos de subsídios levaram seus custos a valores tão baixos que, hoje, elas já se tornaram competitivas com as outras fontes de energia.
Sachin Shah, diretor da unidade de renováveis da Brookfield Asset Management, diz: “Acho que não é necessário haver políticas que apoiem esse tipo de ativos.
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Eles se sairão perfeitamente bem porque fazem sentido e são viáveis economicamente.”
Cenário da Energia Limpa e Renovável nos EUA
Nos últimos anos, as fontes renováveis de energia, Solar e eólica, responderam por mais da metade da nova capacidade instalada no país.
Isso porque, devido ao baixo preço do gás natural, muitas usinas à carvão foram desativadas, sendo substituídas pelas usinas solares e eólicas, as quais se tornam cada vez mais acessíveis.
Como prova dessa tendência no uso das fontes de energia limpa e renovável, a Bloomberg New Energy Finance projeta que, mesmo sem os incentivos do Plano de Energia Limpa, as fontes solar e eólica crescerão 51% nos próximos três anos.
Bruno Sarda, diretor de sustentabilidade da NRG, companhia elétrica americana, diz que a empresa planeja reduzir suas emissões pela metade até 2030.
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“Acreditamos que os nossos objetivos são negócios responsáveis e também bons negócios. Independentemente do que acontecer com o CPP, continuaremos em nosso caminho para criar um futuro de energia sustentável e eliminar o carbono da geração de energia.”
Outros incentivos que continuarão ajudando o setor, e que ainda não entraram na mira são as leis estaduais que criam cotas de energia renovável para as distribuidoras locais, além dos créditos fiscais federais concedidos em 2015 para parques eólicos e solares.
“Enquanto os créditos fiscais existirem, continuaremos vendo um crescimento sólido das energias renováveis nos próximos três ou quatro anos”, disse Ethan Zindler, analista da New Energy Finance em Washington.
Fonte: UOL
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