Para a entidade, próximo governo federal deve ter meta de expansão da GD, além de incentivar geração centralizada e armazenamento de baterias.
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A Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica está propondo aos candidatos à Presidência da República que incorporem em seus programas de governo a meta de atingir cerca de 5 milhões de telhados solares até o final de 2026, o que equivale a aproximadamente 25 GW de potência instalada em geração distribuída.
Segundo a entidade, apenas com esse compromisso seria possível atrair R$ 124 bilhões em novos investimentos privados, gerar 750 mil empregos e arrecadar aos cofres públicos R$ 37,6 bilhões em tributos.
A proposta faz parte de um conjunto de pedidos da associação para que o próximo governo crie políticas públicas para fomentar não só a GD, mas a geração solar centralizada, a cadeia produtiva nacional e os sistemas de armazenamento de energia por baterias.
Para a expansão da geração solar centralizada, a proposta da Absolar é a de que o novo governo desenvolva medidas de transição energética para alcançar a neutralidade de emissões de carbono até 2050 (net zero).
E dentro dessa perspectiva a entidade pede mais contratação de empreendimentos sustentáveis competitivos, como a solar, e amplie os investimentos em transmissão, para evitar gargalos na conexão e no escoamento da energia renovável gerada.
Além disso, ainda como propostas, a associação sugere a promoção de licitações para contratação de energia elétrica, de potência e de reserva de capacidade, com mais participação das fontes renováveis e de sistemas de armazenamento de energia.
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As sugestões ainda envolvem a criação de política industrial para a cadeia produtiva do setor, com promoção de isonomia tributária entre os produtos nacionais e importados, via desoneração de insumos.
Por fim, consta como ideia aos candidatos a ampliação do acesso ao crédito a toda a cadeia de valor do setor e o enquadramento legal para o armazenamento de energia, o que traria segurança jurídica e regulatória, segundo a Absolar, bem como viabilizaria novos investimentos na área.
“O Brasil está cerca de dez anos atrasado em comparação com os países desenvolvidos na área da energia solar fotovoltaica e, portanto, é necessária a estruturação de um programa nacional robusto para o desenvolvimento do setor no País”, comentou o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Já para o presidente da associação, Rodrigo Sauaia, o Brasil tem recurso solar abundante e condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área.
“Com amplo apoio de mais de 90% da população brasileira e despertando o interesse de empreendedores e líderes do poder público, a fonte solar agrega inúmeros benefícios socioeconômicos, estratégicos, ambientais e energéticos ao País”, conclui Sauaia.
Fonte: Fotovolt
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